Forró pé-de-serra: Grupo Terra Seca vai embalar celebração dos 30 anos do CTN em Dourados
O Centro de Tradições Nordestinas (CTN) Asa Branca, vai promover uma noite festiva neste sábado, dia 9 de março, em Dourados para celebrar os 30 a os de sua fundação. O local do evento é o Salão Imperial do Clube Indaiá, a partir das 20h, com comidas típicas e muita animação. No cardápio musical da celebração, a atração será o grupo musical Terra Seca, criado dois anos depois da criação do centro de tradições.
A procura por ingressos tem sido intensa nestas últimas horas, uma vez que os convites são limitados. A estrela da música será o legítimo forró-pé-de-serra, ritmo original do sertão nordestino, tendo como referência a principal corporação musical do gênero em Dourados e no Estado. Com a liderança no vocal de Acelino Carvalho – que é também doutor em Direito e professor universitário – o Terra Seca promete mais um show de animação,
Mais informações sobre convites podem ser adquiridos com os integrantes do CTN ou pelo telefone celular 67-99971-4640 com a presidente Simônia. O contato também pode ser feito por meio do perfil @ctnasabranca, no instagram.
Terra Seca – O conjunto Terra Seca é um grupo musical fundado em 1998, que toca música brasileira de raiz, destacadamente ritmos de origem nordestina que têm como gênero o forró, a saber: xote, baião, xaxado, arrastapé etc. Nascido na cidade de Dourados (MS), o grupo surgiu com o propósito de reinserir e cultivar esse gênero musical em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, adotando como estilo o chamado Forró Pé de Serra, referido atualmente como Música Gonzaguiana, proposta que mantém e que o mantém até hoje. Tem como principal fonte de inspiração os grandes expoentes do cancioneiro nordestino, iniciando pela figura maior de Luiz Gonzaga, passando por Dominguinhos, Trio Nordestino, Alceu Valença, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Moraes Moreira, Nando Cordel, Gilberto Gil, Fagner e outros artistas que acabaram inserindo o forró no contexto maior da MPB.
Por uma coincidência histórica, o Terra Seca acabou integrando um importante movimento cultural, surgido no início da década de 2000, que ficou conhecido como Forró Universitário, que, a partir do centro sul do país, especialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belho Horizonte, Vitória, chegando a Florianópolis, teve como objetivo exatamente o resgate do Forró Pé de Serra, gênero musical que, após a partida de Luiz Gonzaga, no final da década de oitenta, vinha desaparecendo dos grandes centros urbanos, fenômeno que ocorrera inclusive na região Nordeste, onde passou a ser substituído pelo que ficou conhecido mais tarde como forró estilizado. O grupo musical de maior destaque, que ainda representa tal movimento e que marcou toda uma geração é o Falamansa.
Em sua trajetória, o Terra Seca se apresentou em diversas cidades do Estado de Mato Grosso do Sul, como: Campo Grande, Corumbá, Coxim, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Caarapó, Ponta Porã, Sonora, Jateí, Fátima do Sul, Rio Brilhante, Glória de Dourados, Nova Andradina, Deodápolis, Ponta Porã, Nova Alvorada do Sul, Jardim, Itaporã, Naviraí, Aquidauana, Anastácio e, principalmente, na cidade da Dourados. Um dos momentos mais marcantes na história do grupo foi a abertura do show de Moraes Moreira, realizado no Teatro Municipal de Dourados, durante uma das edições do projeto Temporadas Populares, desenvolvido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, no ano de 2001.
No momento, o grupo está gravando um EP comemorativo dos seus vinte e cinco anos. Duas músicas já foram liberadas pelo Estúdio: Dê uma chance ao coração e Banco a Vela. Brevemente estarão nas plataformas digitais. Em novembro de 2023, foi homenageado com o Jubileu de Prata, pela Câmara Municipal de Dourados.