Funeral Bóe Bororo: Público qualificado prestigia abertura de exposição fotográfica em Rondonópolis

Da esquerda para a direita: Professora Elizete da Aldeia Tadarimana, Professora Jocenaide, Professor Paulo Isaac, Bosco Marido Kurireu (em pé), Cesar Augusto, Maria Borobó e Olimpio Alvis
Cesar Augusto, Maria Borobó e Olimpio Alvis

 

Um publico qualificado prestigiou a abertura da exposição fotográfica “Funeral Bóe Bororo”, aberta no dia 20 passado em Rondonópolis e que se estende até o dia 20 de setembro, na Biblioteca Municipal Rachid Mamed. De autoria do artista visual e fotógrafo Cesar Augusto, são 20 obras no tamanho 60 cm X 90 cm, que retratam o maior manifesto cultural do povo Bóe Bororo, que é um funeral.
A principal ideia é ressaltar a cultura do povo Bóe Bororo da Aldeia Tadarimana para a comunidade rondonopolitana e para o mundo. A exposição em si demonstra um roteiro de imagens que denota todo o rito de um funeral tradicional da comunidade indígena, captadas durante mais de 90 dias pelo fotógrafo Cesar Augusto.
“Na cultura Bororo tem uma entidade sobrenatural responsável pelo processo de transformação do nascimento, puberdade e morte, chamada de “Bope”. Quando morre um membro da comunidade a alma dele ocupa um animal e esse animal deverá ser caçado para representar a vingança do morto em relação ao “Bope”. Assim, continua vivo simbolicamente o morto. Neste momento, o luto é encerrado e é anunciada a vitória da vida sobre a morte”, escreve Hermélio Silva, que fez a apresentação do catálogo da exposição.
As autoridades presentes ao evento de abertura da exposição engrandeceram o trabalho do artista e participaram efetivamente da interação com membros da Aldeia Tadarimana que se fizeram presentes, como o senhor Bosco Marido Kurureu, que é o Chefe da Cultura Bóe Bororo,. Ele também é o pai de Cesar Augusto, que foi batizado na aldeia, que tem como mãe, a esposa do Bosco, que é a dona Maria Borobó, também presente.
O antropólogo e professor Paulo Isaac descreveu preciosamente a vida do povo indígena e pediu respeito para com a sua cultura. O evento também contou com a presença da professora Jocenaide Rosseto, do professor Ivanildo José Ferreira, do empresário Domingos Sávio e outros convidados e a imprensa.
“Perguntei ao cacique Cícero Kuduropa o que ele achava de fazermos uma exposição Bóe Bororo, aberta ao público, com os registos que fiz no cotidiano da aldeia. Ele consultou as demais lideranças, que acataram a ideia. Diante de toda essa experiência, decidi juntamente com a participação de meus amigos Bóe Bororo, apresentar à sociedade a “Primeira Exposição Fotográfica – Funeral Bóe Bororo”, diz Cesar Augusto.

Cesar Augusto – É fotógrafo profissional, repórter fotográfico com registro profissional nº 3235/MT e formado em Direito. Registrou a 47º e 48ª Exposul, e a 8ª e 9ª Corrida Acir Rondon, também realizou trabalhos de formaturas, publicações em revistas, jornais, sites e outras plataformas digitais, e a produção das imagens do livro “Rondonópolis do alto”. É o autor dos cartões postais do Pantanal mato-grossense, em 2022. Autor do livro “Pantanal – Um bioma exuberante”, em quatro idiomas, publicado em 2023.
Contatos: Fone/WhatsApp: (66)-9-9647-5238. E-mail: timoneiro.andrade@hotmail.com; Instagram: @luzesesombrasfotografias.

Serviço
Exposição fotográfica: Funeral Bóe Bororo.
Período: 20.08 a 20.09.2024.
Dias: Segunda a sexta-feira.
Horário: Comercial.
Local: Biblioteca Municipal Rachid Mamed.
Endereço: Avenida Marechal Rondon, 639, Centro, Rondonópolis – MT.

 

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