Inclusão: Professora adapta vestido para dançar com aluna cadeirante
Participar de apresentações na escola é o sonho de muitas crianças, que ensaiam durante semanas para o grande dia, que, muitas vezes, conta com a participação de toda a família. Este também era o desejo de Maria Vitória Silva Pinto, de 5 anos, que é cadeirante.
A dona de casa Isabel Cristina Alves Silva, mãe de Maria Vitória, conta que foi assistir à apresentação da filha no sábado (17), na Escola Elza Borges, que fica no município de Tucuruí, no Pará, e esperava que a ela entrasse de cadeira de rodas, mas foi surpreendida e a viu atrelada ao corpo da professora Nila Arnaud (foto), durante a dança do Siriá.
“A atitude da professora foi maravilhosa. Eu me senti muito feliz, por ver minha filha feliz. Ela estava muito alegre e animada com a professora, com as colegas”, contou a mãe.
De acordo com Isabel, a filha tem paralisia cerebral e não anda, por isso faz uso da cadeira de rodas. “Maria Vitória nasceu antes do tempo, ela não estava nem com sete meses completo, teve paralisia cerebral e atingiu o desenvolvimento motor dela. Ela não anda, mas faz acompanhamento e temos fé em Deus que um dia ela irá andar”.
Inclusão – Sabendo da condição da aluna, a professora Nila, que é pedagoga e está finalizando a pós-graduação em educação especial inclusiva, afirma que não poderia deixar Maria Vitória de fora da apresentação e improvisou um acessório para que pudesse dançar. Um exemplo de inclusão.
“Essa ideia surgiu durante os ensaios das danças, quando vi que ela fazia todos os movimentos, mesmo estando na cadeira de rodas. Aí fiquei pensando em uma forma de fazê-la participar e se envolver mais ainda com as crianças”, disse a professora.
Nila trabalha na escola há três anos, mas já atua como educadora há 12 anos e considera que a profissão é sua vocação.
“Acho a nossa profissão muito nobre. O professor é aquele que incentiva, direciona, ensina e ainda cuida. Que todos nós professores possamos fazer todos os dias uma criança feliz e praticar a verdadeira inclusão. A sociedade em geral deve quebrar as barreiras do preconceito, fazendo com que todos possam experimentar o máximo, mesmo com suas individualidades”.
(Fonte: Primeira Página)