Instituto repudia decisão de Reitoria e diz que UFR pratica racismo institucional contra núcleo antirracista
A intervenção da Reitoria da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígenas (Neabi) continua causando reações em diversos setores da comunidade acadêmica e entidades representativas. O Instituto de Psicanálise Virgínia Bicudo emitiu nota de repúdio, entendendo que a decisão da administração da UFR significa um ato de racismo contra um segmento antirracista que tem atuação de destaque dentro da universidade.
Em nota assinada por Wallace Rodolfo Pereira da Silva (foto), o Instituto de Psicanálise diz que a gestão da UFR praticou racismo institucional contra o núcleo antirracista, ignorando o regimento interno do Neabi. Ele também condena a exoneração de sua gerente, professora doutora Priscila Scudder, um dia depois do “Dia Internacional da Mulher Negra, Latina
e Caribenha”, celebrado em 25 de julho.
Na nota, o dirigente do instituto observa que impressiona o nível de violência a que estão sujeitas as mulheres negras
que, não se curvando diante dos racistas, passam a ser perseguidas e silenciadas de maneira arbitrária, vil e cruel. “Entretanto, a professora doutora Priscila Scudder não poderá jamais ser calada, uma vez que sua voz ecoa a partir da sua atuação tão potente como gerente do Neabi, implicando, inclusive, boa parte da sociedade civil organizada que passou a contribuir com recursos e aportes financeiros para que o trabalho se desenvolvesse”, pontua Wallace.
Nota de Repúdio – Instituto de Psicanálise Virgínia Bicudo