Jornalista desiste de nomeação alegando perseguição ideológica em Rondonópolis

O jornalista Cleomar Pilar (foto) anunciou, em nota, na quinta-feira (25), que desistiu de assumir a função de assessor de Comunicação da Companhia de Desenvolvimento Regional (Coder), em Rondonópolis, autarquia ligada à prefeitura local. Conforme Cleomar, que foi candidato a deputado estadual pelo PC do B, o motivo de sua desistência foi perseguição ideológica, acusando o presidente da empresa, Argemiro Correia.

Ele já ocupou a coordenação de comunicação da Prefeitura na gestão anterior e respondia pela assessoria de comunicação da Companhia de Saneamento de Rondonópolis (Sanear) até deixar o cargo, neste ano, para participar da disputa eleitoral. A indicação dele para a comunicação da Coder foi anunciada na semana passada com aval do prefeito.

“Em conversa comigo, o Argemiro já havia deixado claro que não queria minha nomeação por eu ser de esquerda e ele de direita. Também disse que se eu fosse nomeado deveria conduzir a comunicação de acordo com o sua ideologia e eu contestei, afinal trata-se de um cargo público. Desde então venho sofrendo represálias, com muitos obstáculos impostos pelo setor de recursos humanos”, afirmou.

O jornalista disse ainda que chegou a contratar um advogado para agilizar a liberação de certidões junto à Justiça Eleitoral e providenciou todos os documentos necessários à contratação. “Porém, fui informado que só seria nomeado após o fim das férias de Argemiro, apesar de sua substituta no cargo, Darciadaiany dos Santos Paes, ter autonomia para autorizar a contratação. A presidente substituta alegou que só Argemiro poderia fazer a nomeação, o que não é verdade do ponto de vista legal. Tenho família para sustentar e não posso me submeter à esse tipo de perseguição ideológica. Agradeço a indicação do prefeito, mas já busquei minha documentação e vou denunciar isso. O presidente da Coder achou que iria me intimidar, mas mexeu com a pessoa errada”, relata Cleomar.

Outro lado – Fonte ouvida pela reportagem na companhia rondonopolitana informou que não estava autorizada a dar declarações, sugerindo que somente a presidência teria condições de falar sobre o assunto, mas somente depois da volta de suas férias.

(Colaborou Ezequiel Ferreira)

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