Justiça liberta os 4 brigadistas acusados de atear fogo na Amazônia
A Justiça do Estado do Pará decidiu nesta quinta-feira revogar a prisão preventiva dos quatro brigadistas acusados de terem incendiado áreas da Amazônia em Alter do Chão, no Pará. A decisão foi proferida pelo juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara Criminal de Santarém, o mesmo que deferiu os mandados de prisão na última terça-feira.
No despacho, o magistrado destacou que os investigados já foram ouvidos em depoimento e que “têm residência fixa e ocupação lícita”, “o que significa que, desaparecendo as razões anteriores que levaram a decretação da prisão, a liberdade é a medida que se impõe”.
Nesta quinta-feira, governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), determinou a troca da chefia da investigação sobre o caso dos brigadistas. A defesa dos detidos e entidades nacionais e internacionais acusam a Polícia Civil de falta de provas e arbitrariedade no pedido de prisão preventiva. Já os investigadores alegam que grampos telefônicos levantam suspeitas sobre a participação dos brigadistas nas queimadas.
A presidência do inquérito, que estava a cargo da Polícia Civil de Santarém, agora terá o comando do diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente, Waldir Freire. De acordo com Barbalho, a mudança é “para que tudo seja esclarecido da forma mais rápida e transparente possível”. O governador disse ainda que “ninguém está a cima da lei, mas também ninguém pode ser condenado antes de esclarecer os fatos”.
(Veja)