Ludmilla sofre racismo em premiação, divulga vídeo e lamenta: ‘Até quando isso?’
Eleita “Cantora do Ano” no Prêmio Multishow 2019, Ludmilla denunciou racismo durante o evento de música. No Instagram, a funkeira publicou um vídeo em que aparece sendo atacada com comentário preconceituoso. “Alguém me chama de macaca no vídeo, mas não sabemos quem foi a pessoa exatamente. Cara, até quando isso? Olha, as coisas para mim e acho que para maioria dos brasileiros nunca foram fáceis. E com preconceito e julgamentos pelo tom de pele vocês só complicam as coisas. A vontade de diminuir é tanta que não pensam nas consequências dos seus atos”, desabafou Ludmilla, vítima também de criminosos virtuais, nesta quinta-feira (31).
Cantora manda recado para racistas
O episódio aconteceu enquanto Ludmilla caminhava para receber o troféu no palco. “Eu só queria deixar bem claro para vocês, racistas, que além da Justiça ser lenta, aqui as pessoas que praticam racismo comigo ainda não terem sido punidas, isso não significa que a cobrança nunca vai chegar ou que ela está longe disso. Ainda bem que eu tenho meu Deus e uma família que não me deixa desmoronar diante dos racistas. A cobrança de vocês uma hora vai chegar”, afirmou a artista, elogiada pela namorada, Brunna Gonçalves, após vaias em premiação.
Funkeira foi vítima de ataques outras vezes
Essa não é a primeira vez que praticam racismo contra Ludmilla. Em 2016, a cantora foi vítima de ataques racistas na internet e foi à Delegacia de Repressão Contra Crimes de Informática, onde denunciou o crime. “O racismo envolve preconceito e discriminação. Temos que dar um basta a qualquer tipo de preconceito e não podemos permitir essa falta de respeito e amor ao próximo”, comentou na ocasião. Ludmilla ainda processou Val Marchiori por injúria racial. A socialite foi condenada a indenizar a funkeira em R$ 10 mil após comentário sobre o cabelo da funkeira.
Artista prestou queixa contra apresentador
No ano seguinte, Ludmilla prestou queixa contra o apresentador Marcão do Povo. “Quando ele foi demitido pela Record, eu pensei ‘caraca, fez bem, não está conivente com este tipo de ação e não concorda com este tipo de crime’. Quando eu soube que o SBT o contratou, eu pensei ‘oi?’. Não posso mudar nada. É algo que me assustou e não imaginei isso. Olha o jeito que ele fala no vídeo. É só ver! Se fosse qualquer tipo de gíria, tinha de falar com quem ele conhece. Quem é gay não pode ser chamado de ‘veadinho’ por quem não o conhece. A pessoa vai ficar furiosa. Se for um amigo é diferente. Só deve usar isso com quem é amigo. Dá para ver, durante o vídeo, quando a pessoa está de maldade ou na pureza. Você não é idiota e sabe das coisas”.
(Por Patrícia Dias, do Puerpeople)