Maluf é o mais votado no Colégio de Líderes da Assembléia e deve assumir vaga no TCE/MT

O deputado estadual Guilherme Maluf, escolhido no Colégio de Líderes da Assembleia – Foto: Alair Ribeiro

Com 11 dos 24 votos, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) foi o escolhido pelo Colégio de Líderes para prosseguir sua candidatura a cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Com a decisão, Maluf agora será arguido pelo plenário da Assembleia, a quem caberá homologar ou não o seu nome. Segundo o presidente da Casa Eduardo Botelho, a arguição será realizada na próxima terça-feira (26). Maluf conseguiu vencer tendo obtido apenas um voto a mais que seu colega Max Russi, que teve 10.

A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (20), durante votação no Colégio de Lideres, depois de um dia de intensas idas e vindas na Assembleia. Médico de 55 anos, o deputado está sem quarto mandato na Assembleia.  Além de deputado, ele já foi vereador e secretário de Saúde de Cuiabá.

A votação terminou com o seguinte resultado:

Guilherme Maluf: 11 votos

Max Russi: 10 votos

Eduardo Calmon: 2 votos

Luiz Mário Barros: 0 voto

Dois deputados candidatos, Sebastião Rezende e Dilmar Dal Bosco desistiram durante o processo de votação.

Réu na Justiça

A candidatura de Maluf pode ser questionada em razão do processo criminal a que responde por fraudes na Secretaria de Estado de Educação, investigadas pela Operação Rêmora, deflagrada em 2016.

Críticos de sua candidatura avaliam que, por responder a processo criminal, o deputado estadual não cumpre um dos requisitos constitucionais necessários para o cargo de conselheiro, que é a reputação ilibada.

Na última semana, o Pleno do Tribunal de Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o deputado.

Todos os desembargadores presentes acompanharam o voto do relator Rondon Bassil Dower Filho pelo acatamento da denúncia. Ele enxergou indícios de crimes de organização criminosa, corrupção passiva e embaraço às investigações.

Maluf foi denunciado pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) do MPE pelos crimes organização criminosa, corrupção passiva (20 vezes) e embaraçamento da investigação.

  Ele é acusado de integrar o núcleo de liderança da organização que comandou fraudes na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), sendo apontado como beneficiário direto de parte da propina arrecadada.

As acusações são resultado das denúncias feitas pelo Gaeco durante a gestão de Pedro Taques, especificamente em contratos de empreiteiras com a Seduc.

Além disso, o MPE o denuncia de se valer das influências políticas proporcionadas pelo cargo para “promover as articulações necessárias para o desenvolvimento dos esquemas voltados para solicitação e recebimento de propinas”.

Conforme o MPE, o núcleo de liderança da organização tinha ainda a participação do ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho, e do empresário Alan Malouf.

(Fonte: Midianews)

 

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