Mussum, legendário comediante brasileiro foi homenageado por escola de samba carioca
O sambista e comediante Antônio Carlos Gomes Bernardes, o Mussum, foi o homenageado no enredo da escola de samba Lins Imperial, que foi a primeira escola da segunda noite dos desfiles da Série Ouro do carnaval do Rio, na quinta-feira (21).
Conheça algumas curiosidades da vida e carreira de Mussum, que morreu em 1994 aos 53 anos.
Originais do Samba: Desde antes do enorme sucesso do artista com o grupo Trapalhões, Mussum foi um sambista de destaque. Seu grupo, o Originais do Samba, participou de momentos históricos da música brasileira, como da vez que acompanhou Martinho da Vila no lançamento do clássico “Casa de bamba” no Festival de Música Popular Brasileira da TV Record de 1968.
Eles também fizeram apresentações com Elis Regina, Elza Soares, Jorge Benjor, entre outros. O enredo da Lins vai destacar a trajetória de Mussum no grupo, que teve sucessos como “Esperanças perdidas”. Depois de sair dos Originais, já estabelecido como trapalhão, Mussum seguiu gravando sambas em carreira solo.
Auto da compadecida – Em 1987, Mussum, já famoso pelos papéis cômicos nos Trapalhões, cujo dominical programa de TV bateu recordes de audiência nas décadas de 1970 e 1980, enfrentou um desafio diferente: interpretou Jesus Cristo no filme “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”.
Acabou elogiado por Ariano Suassuna, autor da obra original.
Apelido – O apelido que acompanhou Antônio Carlos a vida inteira foi dado pelo ator Grande Otelo nos bastidores de um show. O apelido faz referência a um peixe escorregadio e liso, pois o artista sabia sair bem de situações difíceis e embaraçosas.
Verde e rosa – Mussum era apaixonado pela Mangueira. Foi morador da comunidade e tinha grande envolvimento com a escola, tendo sido inclusive diretor da ala das baianas e participado de projetos sociais. Escola que este ano homenageia Mussum, a Lins Imperial tem as mesmas cores que a Estação Primeira de Mangueira, que é sua madrinha.
Tema de filme – Em fevereiro, um filme sobre a vida de Mussum, “Mussum – O Filmis”, começou a ser filmado. O artista será interpretado por Aílton Graça. O comediante Yuri Marçal também viverá Antônio Carlos em uma fase de sua vida e deve participar do desfile da Lins.
A vida de Mussum também foi tema de um documentário “Mussum, um filme do cacildis”, de 2019.
Como de fatis – Um traço marcante de Mussum era terminar as palavras em sufixos “évis” e “is”. O ator já usava os sufixos fora do ar, mas a ideia de dar essa característica ao personagem foi de Chico Anysio.
Em 2019, o Diário Oficial do Tribunal de Justiça da Paraíba publicou um texto que causou surpresa aos leitores e “prestou homenagem” aos Trapalhões. O texto deveria ser sobre um processo trabalhista na vara de Pilões, cidade localizada no Brejo paraibano, mas a publicação, a partir da quinta linha passa a falar a “língua de Mussum”.
(Fonte: G1)