“Não gosto de negro, sou racista mesmo”, diz mulher a taxista em BH

 

Natália Burza Gomes Dupin responderá por injúria racial e desacato a autoridade – ela se negou a dar informações para policiais negros

Um taxista de Belo Horizonte denunciou um caso de racismo à polícia de Belo Horizonte (MG), no fim da tarde da quinta-feira 05, após uma passageira declarar que “não andava com negros” e que era “racista mesmo” quando confrontada pela afirmação.

De acordo com o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, ele passava por uma rua de Belo Horizonte quando avistou Natália parada no ponto de táxi. Ao perguntar se ela precisava de uma viagem, ela disse que sim, mas que “não andava com pretos”. O taxista rebateu e disse que a declaração era criminosa. Natália foi enfática: “eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo”, e depois chegou a cuspir no pé dele.

Com a sequência de abusos, o taxista chamou as autoridades. Mesmo assim, relatou à imprensa que a passageira afirmou que nada aconteceria com ela. As pessoas da rua impediram-na de entrar em um táxi e ir embora até a chegada da polícia.

Natália Burza Gomes Dupin, de 36 anos, foi autuada por injúria racial pela Policia Civil. Ao chegar na delegacia, ela ainda se negou a prestar depoimento para policiais negros da corporação e chamou uma sargento de “sapatão”, disse um policial à equipes de reportagem que estavam no local.

A somatória de crimes cometidos fez com que ela fosse denunciada por injúria, desobediência civil e desacato à autoridade. Ela foi presa e encaminhada a uma unidade do sistema prisional nesta sexta-feira 06, diz a Polícia. A defesa de Natália afirmou que só comentará o caso ao decorrer do processo.

(Carta Capital)

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