‘Não sou estéril, e nem o meu marido’, desabafa Giovanna Ewbank

Em 25 de julho de 2019, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank anunciaram a adoção de Bless Ewbank Gagliasso, menino de 4 anos nascido no Malawi, como novo membro de sua família. O garoto passou a ser irmão de Titi, 6, filha mais velha do casal, adotada no mesmo país – Foto: Instagram / @brunogagliasso

A atriz Giovanna Ewbank, mãe de Titi e Bless, filhos que adotou com seu marido, Bruno Gagliasso, fez um discurso em tom de desabafo sobre a questão da maternidade em um evento TEDx Talks que foi disponibilizado ao público na quarta-feira, 2.

Giovanna Ewbank começou seu discurso falando sobre a pressão por parte de amigos, conhecidos e família, e citou algumas “perguntas que uma mãe que não tem o filho biológico ouve todos os dias”.

Entre elas, citou: “‘Por quê adoção?’ ‘Como que uma mulher vem ao mundo e não quer gerar um ser em seu ventre?’ ‘E os filhos de vocês, vêm quando?’ ‘Nossa, ela é tão linda! Ela tem mãe?’ ‘Nossa, como seus filhos são fofos, Gio! Eles têm família?'”

ssa é uma convenção imposta pela sociedade. Não são todas as mulheres que querem e desejam isso para si. […] Eu li e ouvi em muitos lugares que eu era estéril. Não, gente. Eu não sou estéril. E nem o meu marido. Mas, obviamente, a dúvida sobre esterilidade veio sobre mim, que sou mulher, e não sobre ele, que é homem”, desabafou.

Na sequência, Giovanna Ewbank prosseguiu: “Sabem aquela famosa frase ‘tá no sangue’, ‘puxou o pai’, ‘é a cara da mãe’. Vocês acham que minha filha não escuta isso? Ela escuta, muito e todos os dias. Sabe por quê? Ela é a minha cara. Tem o meu olhar, meu sorriso, meus gostos e meu jeitinho”.

A atriz ainda afirmou que se incomoda com pessoas que supõem que adotou seus filhos Titi e Bless para ‘chamar atenção’.”Ouvi em alguns lugares que eu queria ‘aparecer’. ‘Ela quer aparecer’, para mim, é a frase mais cheia de julgamento que eu poderia ouvir na vida. Essa frase é preconceituosa. O que faz uma pessoa achar que o meu amor pelos meus filhos não é real, ou que é menor que o de uma mãe biológica?”, afirmou.

(Fonte: Estadão)

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