Negócio à base de milho: De ponto para sobrevivência, pamonharia se torna parada de sucesso

Manoel e Célia comemoram o sucesso da idéia que virou negócio e sustento próprio e de várias famílias
Porta-retrato na parede da pamonharia homenageia o casal
Célia e Manoel ao lado de caixa de pamonha na banca no começo de tudo
Debaixo de uma árvore frondosa, a banca virou quiosque

Um doce ponto de parada virou referência na região, especialmente das pessoas que trafegam pela BR 376,  entre Dourados e Fátima do Sul. É a Pamonha 13 de Maio, que tem em iguarias à base de milho o protagonismo de seu sucesso.

Atualmente em novas e funcionais dependências, a casa que recebe centenas de pessoas todos os dias começou bem pequena. Aliás, foi iniciada no dia 13 de maio de 2000 com uma pequena banca, montada na frente da capela São José, da igreja católica.

No começo, o casal Manoel Costa Torres e Célia Mendes Torres, vendia apenas a pamonha de milho. “Foram dois anos no ponto apenas vendendo pamonha na pequena banca. Devido ao sucesso de nossa pamonha, resolvemos ampliar o negócio, montando um quiosque debaixo de um pé de árvore, ao lado da antiga banca”, afirma o casal.

Sobre o sucesso da pamonharia, Manoel disse que ele vem da qualidade e higiene no preparo, predicados endereçados à sua Célia. “Conforme foi aumentando as vendas, aumentou também a responsabilidade fazer um produto cada vez melhor”.

O negócio começou quando o casal perdeu três safras seguidas em sua pequena propriedade. O revés provocou muitas dificuldades financeiras e eles perderam a terra e os bens por conta da falência. A disposição para o trabalho, porém, foi mais forte que o fracasso e a queda nas safras.

Para sobreviver, Manoel ficou fazendo pequenos serviços em outras propriedades e também procurou empreender plantando tomate. Célia, por sua vez, ajudava no sustento família trabalhando fora como doméstica.

Em 2004, Manoel e Celia resolveram montar a banca para vender pamonha. A decisão foi acertada e o casal comemora o sucesso da aposta na iguaria de milho como opção de negócio e de uma vida com mais dignidade. Com o passar do tempo, as opções aos clientes foram aumentando, necessitando também a ampliação do espaço.

Da pequena banca de Manoel e Célia, hoje a Pamonharia 13 de Maio é uma empresa geradora de emprego e renda. Atualmente são 22 pessoas trabalhando em dois turnos, além do casal e o filho José Carlos. Também já passaram pelo balcão outros familiares, como filhos e netos.

O casal estima que, atualmente, mais de 15 famílias são beneficiadas com o emprego e renda gerado pelo estabelecimento. Além de empregos, o ponto da pamonha já devolveu parte do que a família perdeu no passado. Além da conquista de um novo pedaço de terra usado para a produção da matéria prima que sustenta o negócio, outros bens já vieram em função do sucesso do negócio.

Trabalho é a receita – Manoel não economiza elogios à sua companheira de vida, bem como a receita e qualidade da pamonha produzida sobre a participação e supervisão direta de Célia. Ele fala, no entanto, de outro atributo essencial adicionado ao negócio: muito trabalho.

Ao aproximar dos 21 anos de sucesso, Manoel e Célia calculam que a jornada de trabalho diário da família é, muitas vezes,  de mais de 18 horas. “No começo foi a pé, somente a cara e a coragem. Ela ficava na banca e eu saia como ambulante com um isopor nas costas. Hoje os meios de locomoção são mais fáceis, mas o tempo de trabalho continua o mesmo”, pontua Manoel.

 

 

 

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