No sutiã: Ultrassom vestível pode detectar câncer de mama
Pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) desenvolveram um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama. Trata-se de um scanner de ultrassom que pode ser instalado no próprio sutiã. A novidade foi anunciada na última sexta-feira (28) na revista Science Advances.
O dispositivo é um adesivo flexível que pode ser preso a um sutiã, permitindo mover um rastreador de ultrassom ao longo do adesivo e visualizar o tecido mamário de diferentes ângulos. Conforme apontado no estudo, é possível obter imagens de ultrassom com resolução comparável às que costumam ser usadas em centros de imagens médicas.
A proposta da novidade é mudar “o fator de forma da tecnologia de ultrassom para que ela possa ser usada em sua casa”, além de ser portátil, fácil de usar e fornecer monitoramento em tempo real.
O scanner incorpora um novo material piezoelétrico que permite miniaturizar o scanner de ultrassom. Para tornar o dispositivo vestível, os pesquisadores fizeram o adesivo impresso em 3D. Por meio de ímãs, ele pode ser preso a um sutiã que possui aberturas que permitem que o scanner de ultrassom entre em contato com a pele.
“A detecção precoce do câncer de mama é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar em estágios iniciais. Existem duas estratégias de detecção precoce: o diagnóstico precoce e o rastreamento. O objetivo do diagnóstico precoce é identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais da doença, primando pela qualidade e pela garantia da assistência em todas as etapas da linha de cuidado da doença”, diz o Ministério.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que ao menos 70% das mulheres assintomáticas façam mamografia a fim de reduzir a mortalidade.
Novidades tecnológicas -Felizmente, a tecnologia tem se mostrado uma verdadeira aliada contra o câncer de mama. Em junho, uma equipe de pesquisadores construiu uma espécie de nanoplataforma de entrega de medicamentos com base em um polímero, modificando a superfície do polímero com o peptídeo LyP-1 do agente de direcionamento, que pode se ligar seletivamente a células de câncer de mama e induzir a morte celular.
No início do ano, engenheiros dos EUA desenvolveram uma tecnologia de inteligência artificial capaz de prever se a quimioterapia será eficaz no tratamento de câncer de mama, o que representa mais um passo na luta contra a doença. A ideia é ajudar a evitar os graves efeitos colaterais da quimioterapia e abrir caminho para melhores resultados cirúrgicos.
(Fonte: Terra)