Noivos que se conheceram na capoeira fazem casamento que fala com o corpo

Casal levou a capoeira para o casamento (Foto: Leandro Benites)

O casal Giovanna e Murilo se conheceu há seis anos na roda de capoeira. O que era relacionamento de professor e aluna, se transformou em amor depois de quatro anos de convivência. Na hora de dizer sim, o casal não teve dúvidas: resolveu levar berimbau, tambor e jogar capoeira.

Na cerimônia diferente, o noivo entrou acompanhado dos pais e a noiva de mãos dadas com mãe e a avó. O celebrante foi substituído pelo toque do berimbau e pelos cânticos de capoeira sobre o amor e a união de Giovanna e Murilo. A ordem das roupas dos noivos também foi diferente. Eles começaram vestidos para a capoeira e só depois entraram no clima convencional.

Noivos jogaram capoeira no casamento (Foto: Thiago Coelho)

Sobre o começo do relacionamento, o noivo diz que foi acontecendo com o passar do tempo. “Naturalmente, primeiro da parte dela, que deu o primeiro passo. Como eu era professor, mais velho, mantinha uma distância. Mas, a convivência foi despertando e deu tudo certo”, diz Murilo.

Para a noiva, a cumplicidade na capoeira aproximou os dois. “Quando a gente se conheceu, não tinha nada daquela intenção de ficar junto. Foi sempre a capoeira. Em uma viagem em que fizemos, ficamos pela primeira vez e não largamos mais. Nós fomos crescendo e tendo essa cumplicidade com a capoeira, por isso, a decisão de fazer a cerimônia assim”, conta Giovanna.

A decisão de casar foi uma surpresa para Giovanna. O casal viajaria para São Paulo, para o casamento do primo de Murilo e um dia antes de ir, eles ficaram noivos.

Giovanna diz que logo pensou na capoeira, que é essência do casal. Na decoração, tons de azul e branco que remetem ao mar e à Iemanjá – rainha das águas que tem a data de celebração em 2 de fevereiro, um dia antes do casamento. Parte da decoração, feita com conchinhas do mar, foi confeccionada por Giovanna e pelas madrinhas. “Acho que saiu tudo do que eu queria”, comenta a noiva.

As lembrancinhas, “cheirinhos”, foram feitas pela mãe do noivo, Zildeth Gadelha. Ela tem uma empresa de marketing olfativo e criou os sprays que levam a fragrância que foi desenvolvida com base no gosto dos noivos.

Sobre a cerimônia, Murilo também diz que a ideia foi de trazer a personalidade do casal para a cerimônia. “A gente sempre teve a ideia de fazer uma coisa diferente, alternativa, uma comemoração em família. Trouxemos a nossa característica maior: a capoeira e vamos fazer uma cerimônia, que como a capoeira, fala com o corpo”, explica o noivo.

Beijo após o sim foi de ponta cabeça (Foto: Thiago Coelho)

(Por Wendi Tonhatti, do Campograndenews)

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