O mundo fica sem o bom pastor: Morre o irmão João Batista, em Naviraí
Sempre pronto para ajudar e sem mensurar o grau de dificuldade para fazer o bem. Quando não podia fazer o bem sozinho, não fazia cerimônia em pedir em favor dos outros. Assim era o comportamento de João Batista Ferreira, que faleceu na tarde cinzenta desta quinta-feira, 19 de novembro, na cidade de Naviraí.
Com 65 anos de vida para servir, João Batista morava há 43 em Naviraí, quando se casou com sua companheira Vera Botura Ferreira, aos 22 anos, com quem teve as filhas Andréia Fernanda e Ágda Fernanda, e recebeu três netos: Hugo, Hudson e João Cícero.
Ser de luta – Além de prestativo, João Batista deixa um legado de disposição para o trabalho. Filho de lavradores diaristas ou meeiros, começou cedo na lida da roça, fazendo todo o trabalho braçal, do roçado à colheita, numa época que a mecanização agrícola não existia. Ainda na zona rural, também trabalhou em olaria (cerâmica) fabricando tijolos e, na cidade de Dourados, atuou na construção civil antes de entrar no serviço público.
O quarto dos sete filhos de Clemente e Maria Ordália – a exemplo dos demais – nunca fugiu a luta e sempre assumiu grandes responsabilidades, desde cedo. Infância e adolescência eram fases que apenas passavam. João Batista, por exemplo, assumiu a condição de homem da casa aos 15 anos, depois que seu irmão mais velho casou e seu pai ficou idoso e doente.
Já casado, manteve sua disposição para o trabalho, provendo o seu lar e também cuidando de outros, como os de seus pais. Acolher e ajudar enfermos foi uma missão de vida. Além dos pais, ajudou cuidar do sogro Nelson e da sogra Mariquinha, além de tantos outros sem laços familiares.
Trabalho pela saúde – Servidor federal da extinta Sucam (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública), antes de fixar residência em Naviraí, conheceu toda a região Cone Sul e também parte do Vale do Ivinhema, trabalhando, de bicicleta, no solo arenoso na zona rural dos municípios. O grande foco na época era a malária, doença que era combatida com pulverização nas casas. A bicicleta carregava um arsenal e era preciso pedalar quilômetros para cumprir a missão diária.
Com a descentralização na saúde, João da Sucam ou irmão João – como era mais conhecido, passou trabalhar apenas na cidade de Naviraí, fazendo a saúde de casa em casa, com ações de prevenção contra doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a febre amarela.
Homem de fé, amor e bondade – Batizado ainda criança na Igreja Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia, ele recebeu o nome em honra ao apóstolo João Batista, permanecendo nesta congregação por toda sua vida. Nos últimos 30 anos, ele assumiu a condução da igreja em Naviraí, sempre fazendo o trabalho de conciliação e pregação, sustentando a permanência do capítulo religioso.
Nas mensagens recebidas pelas filhas de João Batista, via rede sociais, seu legado está perpetuado. “Seu pai deixou um legado de amor e força. Que você encontre alívio nas memórias e no carinho dos que estão ao seu lado neste momento”.
“Meus sentimentos querida, que Deus possa confortar você e sua família. Vão ficar as boas lembranças do homem alegre, de um coração bondoso, sempre recebendo os irmãos com um largo sorriso. Irmão João já está aos pés do nosso Senhor Jesus Cristo”.
Homenagem e despedida – Os irmãos Abel, Elias, Cleonice, Cleusa, Maria Madalena e Cleide Ferreira se unem à cunhada Vera Botura Ferreira, às filhas Andréia e Agda e aos netos Hugo, Hudson e João Cícero, demais familiares e amigos, para comunicar o falecimento do já saudoso João Batista.
Seu corpo será velado a partir das 19h na Igreja Sã Doutrina de Naviraí, situada à rua Matias de Albuquerque, 306, esquina com a rua Luxemburgo (centro). A despedida e sepultamento estão programadas para às 10h deste dia 20 de novembro.
Tio João era a melhor pessoa do mundo!!
Que Deus te receba de braços abertos meu irmão e cuida de nós aqui na terra.
Te amo de sempre para sempre.
DEUS conforte o coração de todos os familiares.