Padrasto de menino que comoveu MT não suporta perda da esposa e morre em VG

Welington era casado com a mãe do menino Serginho que ajudou o filho lutar por 20 anos contra uma doença genética rara

Welington Gonçalves de Morais, padrasto do menino Sérgio Luiz Ferreira da Silva (o “Serginho”), que conquistou os mato-grossenses ao lutar por 20 anos contra uma doença genética rara, morreu na quarta-feira (7), em Cuiabá.

A morte ocorre um mês após o falecimento da mulher, Rita de Cássia, mãe de Serginho.

Segundo Lauírce Silva Reis, 18 anos, enteada de Welington, ele foi diagnosticado há duas semanas com neurotoxoplasmose, doença que ataca o sistema nervoso central.

Ela conta que, logo após a morte de sua mãe, Welington começou apresentar dores de cabeça. Por meio de exame de tomografia foi descoberta a doença e, desde então, iniciou o tratamento no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Lauírce explica que antes de morrer, Welington já havia perdido os movimentos dos braços, pernas e logo após a coordenação motora, além de usar fraldas.

“Nós estamos muito abalados, em estado de choque, sem acreditar no que aconteceu. Não sabemos nem o que falar”, disse.

No dia 11 do mês passado, Rita de Cássia morreu devido ao impacto causado pela morte do filho Serginho, ocorrida dia 1° de julho deste ano. Segundo pessoas próximas à família, ela teria ficado frágil e “sem vontade de viver”.

“Sua saúde ficou debilitada e, com isso, necessitou de uma internação hospitalar, no isolamento, que infelizmente não aconteceu devido à precariedade de nosso sistema de Saúde”, disse amiga de Rita, Regina Kaizer.

História de superação

Rita de Cássia comoveu os mato-grossenses por sua luta durante 20 anos para ajudar o filho a combater a epidermólise bolhosa. No entanto, há quatro meses, o garoto morreu por complicações da doença.

Além da epidermólise bolhosa, ele também contraiu um tumor no joelho e teve que amputar uma das pernas.

Serginho tinha o tamanho de uma criança de 10 anos e era sustentado por meio de doações de populares e empresários, já que seu tratamento sempre foi de alto custo.

Ao entrar na adolescência, ele começou a ser participativo nas redes sociais e resolveu dar palestras, mesmo em uma cadeira de rodas e com dores constantes em função das feridas por todo o corpo. Vários programas de TV contaram a sua história e o menino ficou conhecido em todo o Estado.

(Por Rafael Machado, do Reporter MT)

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