Pai da garota que matou amiga em condomínio de luxo será indiciado por homicídio

Isabeli Guimarães Ramos faleceu com tiro que teria sido acidental – Foto: Reprodução

O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o empresário Marcelo Martins Cestari, pai da adolescente de 14 anos que matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, da mesma idade, seja indiciado e interrogado por homicídio culposo pela Polícia Civil. O crime ocorreu no final de semana, na casa dele, localizada num condomínio de luxo, em Cuiabá-MT.

O magistrado ainda solicitou que o delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Olimpio da Cunha Fernandes Junior, encaminhe os documentos das sete armas apreendidas na casa de Marcelo, bem como nacionalidade e registros delas.

O juiz atendeu a um pedido do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, que solicitou o indiciamento do pai da adolescente, além de apontar que seis das sete armas apreendidas na casa tinham inconformidades. Regenold juntou os documentos da prisão em flagrante por descumprimento do Estatuto do Desarmamento.

Ele ainda registrou que Marcelo deveria sido indiciado por homicídio culposo. Além de pedir que a fiança fosse de 100 salários minimos em seu parecer. A família da vítima havia pedido R$ 1 milhão, mas o magistrado fixou o valor de R$ 209 mil hoje (15).

Entenda o caso

Isabele foi encontrada já sem vida no banheiro da casa de Marcelo, de acordo com depoimento da adolescente responsável pelo disparo, ambas eram “melhores amigas” há cerca de três anos. Ela contou aos policiais que a arma pertencia ao namorado de 16 anos, que, no dia do crime, foi até a residência dela e exibiu as mesmas para família, já que todos praticavam tiro esportivo.

O adolescente teria pedido para Marcelo guardar o case, que estava com as duas armas, pois estava com medo de ser parado em uma blitz. De acordo com ela, o namorado não avisou que levaria as armas para a casa da família.

Ainda durante o depoimento, ela contou que, assim que o adolescente deixou o case em cima do sofá da residência e foi embora. Em seguida, Marcelo teria pedido para que alguém guardasse as armas no closet. A menor se prontificou e, após ver que a amiga subiu as escadas em direção ao quarto dela, resolveu ir atrás.

Ela narrou que, ao chegar no cômodo, não encontrou a amiga e resolveu bater na porta do banheiro. Momento em que o case teria caído no chão com uma dar armas parcialmente para fora. Ela teria se desequilibrado enquanto tentava segurar uma das armas e o case quando aconteceu o disparo.

A menor ainda ressaltou aos policiais que não se lembra de ter apertado o gatilho, mas “acredita” que possa ter acionado a arma antes do disparo.

(Por Bruna Barbosa, do RDnews)

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