Pandemia: UEMS participa de ação para desafogar Laboratório Central
Uma força-tarefa reunindo diversas instituições do estado está empenhada em desafogar o LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública) de Mato Grosso do Sul, por causa da pandemia de coronavírus. A Embrapa Gado de Corte colocou sua infraestrutura laboratorial à disposição e convidou técnicos e pesquisadores para atuarem na execução de testes para arboviroses (dengue, zika e chikungunya), a fim de aliviar o sistema. Assim, as análises para o coronavírus ficam concentradas no LACEN, que pode se dedicar mais à pandemia.
Um dos pesquisadores que estão atuando nessa força-tarefa é o professor André Luiz Julien Ferraz (conhecido como Splinter), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), de Aquidauana. André é professor do curso de Zootecnia, pesquisador da área de genética molecular e melhoramento genético. Por ter experiência em trabalhar com equipamentos de detecção em tempo real, foi convidado a participar. “É bastante gratificante contribuir. Me vejo na obrigação de usar o meu conhecimento para ajudar”, comenta o professor André.
Além do professor André, a força-tarefa conta com os diversos pesquisadores e técnicos. Entre eles, o pesquisador Flábio Ribeiro Araújo, da Embrapa. Flábio conta que a rotina está intensa, mas a satisfação em ajudar é muito grande. “Tem sido cansativo ficar o dia todo no laboratório com equipamentos de segurança, mas me sinto muito útil, pois são poucos os profissionais habilitados para essa função. Então, me sinto muito feliz em colaborar”, ressalta Flábio.
A bióloga Zoraida Fernandes, da FIOCRUZ também participa da equipe. Ela desenvolve pesquisa e ajuda na rotina do LACEN desde 2017. “Desde do início da pandemia em Mato Grosso do Sul, estou trabalhando com os testes de dengue, zika e chikungunya, que são muito importantes para população também”, conta Zoraida.
O professor André Luiz Ferraz explica que o Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária, localizado na Embrapa na capital sul-mato-grossense faz parte de um Rede à disposição dos Ministérios da Agricultura e Saúde para ajudar no combate ao novo coronavírus. Por possuir nível de segurança NB2 e NB3, que possibilita o trabalho com o patógeno do Covid-19, existe a possibilidade de se trabalhar com a realização de testes de coronavírus também, caso haja demanda.
Dengue
Por enquanto, o laboratório se concentra em testes como de dengue, que também preocupa as autoridades do estado. Nas últimas semanas, Mato Grosso do Sul registrou 1.463 novos casos de dengue, segundo o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde). São 15.084 casos confirmados da doença em todo o estado, 5.333 foram registrados em Campo Grande, cerca de 35% do total de MS. O segundo município com maior número de casos é Três Lagoas, os registros chegam a 1.855 na cidade. Ao todo são 21 óbitos causados por dengue em MS, sendo o último registrado no dia 23 de março, no município de Paranaíba. Segundo dados da SES, 96% dos 79 municípios do estado estão com alta incidência de dengue.
(Da assessoria)