Para agregar valor à produção, Vicentina vai à Santa Terezinha conhecer agroindústria local



Uma caravana de pequenos produtores de Vicentina visitou esta semana o Assentamento Santa Terezinha, em Itaporã. O objetivo foi conhecer uma agroindústria que processa a produção da propriedade, transformando em polpa de fruta congelada e também em geléia.
Acompanhada do secretário municipal de Desenvolvimento Agrário da Prefeitura de Vicentina, Pedro Ferreira dos Santos (Pedrinho do Barreirão), do engenheiro agrônomo Henrique Iwahata e do técnico Alcides Salviano, da Agraer, produtores vicentinenses conheceram a experiência de sucesso de Santa Terezinha com vistas ao estabelecimento de parcerias e até mesmo implantar o mesmo modelo em Vicentina.
A visita aconteceu na agroindústria Doce Conquista, marca empreendedora das irmãs Maria e Marlúcia Morelli, que utilizam a mão-de-obra para cultivar e processar a produção numa pequena parcela de terra no Assentamento Santa Terezinha.
A Doce Conquista é resultado do esforço das irmãs Maria e Marlúcia junto com o acompanhamento e assistência técnica da Agarer e do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). As irmãs plantam plantam goiaba na pequena propriedade, que depois é transformada em polpa e geléias para comercialização.
Além da goiaba, a Doce Conquista está processando outros tipos de frutas, iniciativa que atraiu produtores e técnicos vicentinenses. Conforme o secretário Pedrinho, este primeiro contato foi para conhecer o processo em Itaporã para discutir sua viabilidade em Vicentina.
Existe ainda a possibilidade de se cultivar no município e encaminhar a produção para processamento no local visitado.
Doce conquista – A atividade rural começou quando as duas irmãs decidiram comprar um “terreno que ninguém dava nada” com o dinheiro da aposentadoria. Prepararam a terra, começaram a plantar diversas culturas como milho e soja, mas decidiram que o caminho estava na fruticultura, principalmente na produção de goiaba.
Em 2005, com apoio da mãe, Dionilda Pereira Alves, a família obteve um financiamento e começou a produzir goiaba. Dois anos depois nascia a marca Doce Conquista, com a produção de geleias e goiabadas com a receita de dona Dionilda.
Em 2009 as irmãs começaram a vendar a produção de goiaba para a merenda escolar por meio dos Programas Nacionais de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA). Com gerenciamento da marca e assistência do Senar, o processo foi se expandindo também a produção de doces e a idéia agora é expandir a produção e comercialização , inclusive para exportação.



