Pastora e deputada federal, Flordelis tentou envenenar o marido, ao menos 6 vezes, apontam investigações

A deputada Flordelis em entrevista sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson Carmo – Foto:: Fernando Frazão/Agência Brasil

A deputada Flordelis (PSD-RJ) vinha arquitetando há mais de 1 ano uma forma de matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019, em Niterói (RJ). A conclusão é da Polícia Civil e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) –que não têm dúvidas de que a congressista é a mandatária do crime.

Na manhã desta 2ª feira (24.ago.2020), equipes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá cumpriram 9 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra 11 envolvidos no delito.

ENTENDA O CASO

Flordelis é apontada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido 1 latrocínio (roubo seguido de morte).

O crime foi na casa da família, na madrugada de 16 de junho de 2019, depois de o pastor retornar, de carro, em companhia da mulher.

Anderson foi atingido por mais de 30 tiros na garagem da casa do casal, no bairro de Pendotiba, em Niterói (RJ), por volta das 3h30. No momento, ele havia voltado ao carro para apanhar algo que tinha esquecido. Ele morreu momentos depois de chegar ao hospital. Era casado há 25 anos com Flordelis e tinha 41 anos quando foi assassinado.

Em 1º de agosto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso decidiu que o caso não tem relação com o mandato da congressista. Por isso, determinou a retomada da investigação no Rio de Janeiro.

Deputada suspensa

O PSD suspendeu a filiação de Flordelis (RJ). De acordo com presidente do partido, Gilberto Kassab, a sigla vai adotar medidas internas para expulsar a deputada.

“Diante do indiciamento da parlamentar, o corpo jurídico do partido adotará as medidas para a suspensão imediata de sua filiação e, a partir dos desdobramentos perante a Justiça, serão adotadas as medidas estatutárias para a expulsão da parlamentar dos seus quadros”, afirmou Kassab, por meio de nota.

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