Plano Safra: Yuri critica cortes e cobra soluções concretas para o agro

O vereador Rogério Yuri (foto), do PSDB, membro da Comissão de Agricultura da Câmara de Dourados, criticou os recentes cortes no financiamento rural anunciados pelo governo federal. A suspensão de parte das linhas de crédito do Plano Safra 2024/2025 afeta diretamente produtores de todos os portes, comprometendo investimentos essenciais para a produção agrícola e gerando insegurança para o setor.

“O agro é a base da nossa economia, e o produtor não pode ser penalizado por falta de planejamento do governo. Já enfrentamos desafios com custos altos de insumos, oscilações de preços e dificuldades climáticas. Agora, o corte no financiamento só agrava a situação”, afirmou Yuri.

O vereador ressaltou que, apesar do anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que será editada uma medida provisória para liberar R$ 4,1 bilhões em créditos extraordinários, o problema ainda vai persistir. “O produtor chega ao banco e não encontra crédito. Precisamos que o governo não só prometa, mas garanta na prática os recursos para o setor. Além disso, o próprio setor agropecuário já alertou que a necessidade real é de R$ 22 bilhões, ou seja, os recursos anunciados ainda estão muito aquém do necessário para garantir o financiamento adequado da safra”, cobrou.

A força do agro em MS – O vereador destaca que o agronegócio é o principal motor da economia de Mato Grosso do Sul, representando uma fatia significativa do PIB estadual. Em 2024, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do estado foi estimado em R$ 59,8 bilhões, sendo R$ 39,8 bilhões provenientes da agricultura e R$ 20 bilhões da pecuária.

MS se destaca nacionalmente na produção de soja, milho, carne bovina e celulose, além de ser um dos principais exportadores do agronegócio brasileiro. O estado ocupa a 7ª posição no ranking nacional do agro, gerando milhares de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia produtiva.

Para o vereador, a suspensão das linhas de financiamento impacta diretamente esse setor, prejudicando a compra de insumos, a modernização das propriedades e o planejamento da safra. Sem acesso ao crédito, muitos produtores podem enfrentar dificuldades para manter a produção em alta, o que também pode afetar o abastecimento e os preços dos alimentos.

Yuri destacou ainda que a agricultura familiar, essencial para a segurança alimentar e o abastecimento de mercados locais, também sofre com a falta de crédito. “Muitos pequenos produtores dependem desses financiamentos para plantar e colher. Sem esse apoio, famílias inteiras serão prejudicadas, e a produção de alimentos pode ser comprometida”, alertou.

Propostas e mobilização – Como membro da Comissão de Agricultura, Yuri defende a mobilização de vereadores, sindicatos rurai, federações e demais entidades do setor para pressionar o governo federal a garantir a liberação integral dos recursos previstos no Plano Safra. Ele também sugere que Mato Grosso do Sul tenha um papel mais ativo nas negociações junto ao governo federal para assegurar que o agro do estado continue crescendo.

“Precisamos de soluções definitivas e não apenas promessas. O agro de Mato Grosso do Sul precisa de previsibilidade para continuar gerando empregos, fortalecendo a economia e garantindo o desenvolvimento sustentável”, concluiu. A expectativa agora é que o setor intensifique as cobranças para que o financiamento rural volte a operar plenamente e os produtores não sejam prejudicados.

 (Assessoria CMD)

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