Maia diz que não se pode gerar “insegurança” sobre o processo eleitoral
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta 2ª feira (16.nov.2020) que não se deve gerar insegurança sobre o processo eleitoral. A fala foi em referência ao que o presidente Jair Bolsonaro disse sobre país precisar de 1 sistema de apuração de votos que não deixe dúvidas.
“Nós não podemos de forma nenhuma ampliar 1 debate colocando nenhum tipo de insegurança no processo de apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nós confiamos no TSE, nós confiamos nas urnas eletrônicas, confiamos no trabalho dos presidentes do TSE dos últimos e também do presidente [Roberto] Barroso”, declarou a jornalistas na saída de 1 evento em São Paulo.
Em sua fala com apoiadores durante a manhã, Bolsonaro lembrou que o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional uma regra que tornava obrigatória a impressão do voto nas eleições. Disse também que desconhece 1 sistema eleitoral como o do Brasil em outros países.
Maia disse que também é 1 defensor do voto impresso, mas que isso não deve ser motivo para colocar em dúvida o trabalho do TSE e nem a apuração das eleições no Brasil.
“Mesmo sendo defensor do voto impresso, como eu sou, de forma nenhuma a gente deve misturar 1 problema que teve ontem, que foi rapidamente contornado, com gerar uma insegurança e uma desconfiança do nosso sistema eleitoral, que é elogiado em muitos países. Então vamos com calma eu acho que tem outras pautas que são prioritárias”, afirmou.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou no domingo (15.nov) que o atraso na divulgação dos dados apurados foi causado por 1 problema em “1 dos núcleos de computadores do supercomputador que processa a totalização”.
O tribunal nega, no entanto, que esse problema tenha afetado o resultado das eleições ou ainda seja consequência de fraudes. “A ideia de que a demora possa trazer algum tipo de consequência para o resultado não faz nenhum sentido”, disse o magistrado.
PEC EMERGENCIAL
Maia voltou a destacar que a PEC Emergencial, que possibilita cortar gastos obrigatórios quando as despesas atingem determinados patamares, deve ser tratada como prioridade do governo em 2020.
“Nós estamos com as reformas como prioridade. A emergencial, a tributária, instalar a administrativa. Eu acho que essas são as matérias que são prioritárias no Brasil para todos os brasileiros. Nº 1: emergencial, a tributária nº 2, e administrativa 3.”
Segundo o deputado, as matérias poderiam já ter sido votadas antes do 1º turno das eleições, mas há integrantes da base do governo que não quiseram antecipar o debate.
“Esse é o nosso desafio e o prazo nos obriga a antecipar esse debate. Se a base do governo não quiser antecipar o debate claro que dificulta porque a base o governo tem 1/3 do parlamento. É óbvio que os outros vão ficar sempre numa posição de maior dificuldade de ampliar o debate sem compreender qual é a posição clara do governo em relação a PEC emergencial”, disse.
(Fonte: Poder360)