Pré-natal e atenção com a saúde bucal da gestante previnem parto prematuro
Na data de 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Dia Mundial da Prematuridade. A data integra o Novembro Roxo, campanha realizada anualmente e que tem o objetivo de conscientizar e alertar a sociedade sobre a importância dos cuidados com a saúde durante a gravidez e solidarizar-se com as chamadas “mães de UTI”.
A diretora de Assistência à Saúde da Cassems e médica ginecologista e obstetra Maria Auxiliadora Budib, afirma que o melhor lugar no mundo para o bebê estar é no útero da mãe até que se complete 40 semanas e que é importante promover o diálogo para esclarecer dúvidas e desmistificar o tema prematuridade. “Falar sobre prematuridade é falar sobre riscos de mortalidade nos primeiros cinco anos dessa criança, porque ela pode estar em processo de reabilitação, e reafirmar a importância do pré-natal”, explica Budib.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todo bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação é considerado prematuro. E de acordo com dados do Ministério da Saúde, anualmente são registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros no Brasil, o que equivale a seis casos a cada dez minutos.
A médica ginecologista e obstetra Maria Auxiliadora Budib ressalta também que os maiores fatores de prematuridade são evitáveis e recomenda acompanhamentos com especialistas de áreas diversas como a odontologia. “A periodontite – as infecções de pele gengivais, cárie e outras alterações na boca são uma das causas da prematuridade. Então por isso é indicado uma vez a cada trimestre uma ida num odontólogo. As beneficiárias da Cassems contam com o Cassems Odonto, mas no sistema de saúde do SUS inclusive, tem um odontólogo que faz parte da equipe básica de saúde que a mulher pode e deve consultar”, salienta Budib.
Outra causa muito comum da prematuridade são as infecções urinárias que podem ocorrer durante a gravidez. “Existe um quadro chamado bacteriúria assintomática que é quando a grávida tem bactérias no trato urinário, mas não tem sintomas. Então é indicado o rastreamento durante o pré-natal, esse rastreamento é feito por meio de um exame de urocultura realizado a cada três meses. Por isso, a grávida tem que ter um pré-natal muito bem acompanhado”, ressalta a médica ginecologista e obstetra.
Ainda de acordo com a diretora de assistência à saúde, durante a gravidez ocorrem ainda alguns sinais que podem alertar o parto prematuro. “Na maioria das vezes a mãe tem contrações efetivas e não de treinamento, são contrações precoces, ela tem febre, ela tem quadro de dor ao urinar, de incômodo, de dor nas costas, de sensação de mal-estar”.
Maria Auxiliadora Budib aborda também um dos conhecimentos populares que não é verdadeiro. “Tem quem diga que é melhor a criança nascer de 7 meses do que nascer de 8 meses, isso não é verdade, O melhor é a criança nascer de nove meses, mas o de oito ainda é melhor do que o de 7″.
A campanha Novembro Roxo deste ano destaca o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento, e segundo a médica ginecologista e obstetra essa proximidade é importante para o tratamento do bebê prematuro. “Esse contato faz a diferença, a criança reage melhor ao tratamento ali na UTI. Então pele a pele ele tem que ser estimulado o mais precoce possível, para fortalecimento do vínculo da mãe, para o aquecimento do bebê, para o contato da vida”, pontua Budib.
A diretora de assistência à saúde reforça ainda a importância da participação em programas e iniciativas que têm o objetivo de oferecer orientações sobre gestação, como por exemplo: o “Casal Grávido” da Cassems, ação realizada todo mês e destinada para casais beneficiários. “Essa é uma oportunidade para casais que estão ‘grávidos’ esclarecerem as dúvidas relacionadas à gestação, entre elas a prematuridade”, finaliza.
O próximo curso será realizado no sábado (26), às 7h da manhã, na Clínica da Família, que está localizada agora na Rua Pestalozzi, n. 234, Chácara Cachoeira. Interessados podem se inscrever pelos telefones: (67) 99974-0599 ou (67) 3309-5351.
(Da assessoria)