Saúde implementa Vigilância Sindrômica de monitoramento para identificar doenças em MS

A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) e com apoio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), inicia movimento para a implementação de um novo modelo de Vigilância Epidemiológica no Estado, a Vigilância Sindrômica. Com poucos locais no Brasil, a UPA Coronel Antonino, em Campo Grande foi escolhida para iniciar este projeto pelo Estado.
A Vigilância Sindrômica é uma estratégia da Vigilância Epidemiológica que se baseia na detecção de um conjunto de manifestações clínicas comuns a um maior número de doenças, com o objetivo de identificar precocemente a maior quantidade de casos, favorecendo a identificação de eventuais surtos ou riscos populacionais e colaborando para a adoção de medidas prévia de controle.
A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, explica que a implantação da estratégia no Estado ganha na capacidade de resposta. “É uma mudança inovadora na forma, desde a detecção precoce utilizando esse modelo inclusive preditivo, que rapidamente, de forma ágil, célere você identifica e isso repercute no manejo clínico. Então com muito mais rapidez o profissional de saúde consegue detectar o agravo, a doença e consegue interferir nisso também, se necessário. A gente pode prever com semanas de antecedência os aumentos de SRAGs, por exemplo”.
Para a consultora da Opas, Mariana Croda, a estratégia só trará benefícios à população. “Com a implantação desse tipo de vigilância a população ganha porque ela vai em uma unidade de urgência e emergência e normalmente não é o local onde a gente faz essa avaliação das doenças de notificação compulsória, então nós vamos solicitar uma gama de exames e essa pessoa pode saber o que realmente causou aquela febre, aquele quadro infeccioso que levou ela a procurar a UPA. Então, ela também vai ter isso e, logicamente, a resposta é muito mais rápida”.
A gerente técnica de Influenza e Vírus Respiratórios da SES, Lívia de Mello Almeida Maziero, destaca que além de determinar doenças já conhecidas, a Vigilância Sindrômica pode facilitar a identificação de surtos de doenças inesperadas ou raras e de doenças já conhecidas, mas que apresentam algum aspecto que não é comum em sua apresentação clínica ou evolução.
“Desta forma conseguimos nos preparar para a introdução de alguns vírus, patógenos, enfim, que não estão sendo detectados através da vigilância que já existe que é a passiva, e a gente consegue preparar toda a rede de saúde para a circulação sustentada ou não desse agravo”, destaca Maziero.
UPA Coronel Antonino – O local escolhido para a implementação da estratégia, que não tem data para terminar, é a UPA Coronel Antonino, em Campo Grande. A Capital foi escolhida como primeiro município para a implantação da estratégia devido a sua estrutura e pela capacidade de resposta através do CIEVS Campo Grande.
Toda a equipe da UPA Coronel Antonino foi sensibilizada para a implantação da estratégia. Será feita a captação de pessoas que se enquadram nos critérios da vigilância sindrômica e, por meio do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), será realizada a vigilância laboratorial e pesquisas para a identificação de alguns agravos que, na rotina comum, não são captados.
(Da assessoria)

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