Sou contra o vazamento ilegal, mas o jogo foi jogado assim, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM-RJ), afirmou, nesta sexta-feira, 5, que é “contra vazamento ilegal” de informações, mas ressaltou que “o jogo foi jogado assim, inclusive para o impeachment da [ex-presidente] Dilma“.
“Aquela decisão [de vazar o áudio envolvendo a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula], naquela época o impeachment estava morrendo, e aquele vazamento foi decisivo para recuperar o processo de impeachment. Então, a gente não tem que ter o ‘não pode isso, não pode aquilo’”, disse Maia.
Maia era o convidado do programa Pânico, na rádio Jovem Pan. Questionado sobre a quem interessavam os vazamentos das mensagens envolvendo o então juiz federal, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Maia disse que não pode existir “dois pesos e duas medidas”. “Quando o vazamento é para beneficiar um lado, é bacana. Quando, em tese, vai beneficiar o outro, aí não pode”, afirmou o presidente da Câmara.
“O criminoso, que se vá atrás do criminoso para que ele pague pelo crime dele de entrar em um aparelho de terceiros sem autorização”, acrescentou o deputado.
Reportagem de VEJA desta semana revela, com exclusividade, diálogos inéditos que mostram irregularidades cometidas por Moro como juiz da Lava Jato. Fora dos autos, ele pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem.
(Fonte: Revista Veja)