Surdez atinge 10% da população mundial e requer atenção

Mitos, falta de informação e desconhecimento. As pessoas com problemas na audição enfrentam desafios diários que vão muito além da dificuldade de ouvir perfeitamente. A data de 10 de novembro foi é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. O objetivo da data é levar informações e desmistificar boatos para a população sobre a saúde auditiva.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 10% da população mundial tem alguma perda auditiva, seja adquirida ou congênita. No Brasil são mais de 28 milhões de pessoas nessa situação.

Uma pessoa pode desenvolver uma deficiência auditiva de várias formas. Quando é congênita, significa que a pessoa já nasceu com essa deficiência. A deficiência congênita pode ser detectada nos primeiros dias de vida e ser tratada com sucesso. Quando é adquirida, a pessoa passou por alguma situação durante sua vida que ocorreu em um dano em seus sistemas auditivos.

Surdez Congênita

Estatisticamente, a surdez congênita ocorre em 1 a 3 bebês para cada 1000 nascimentos, e é mais predominante em neonatos portadores de fatores de risco. A surdez de origem genética corresponde a 50% dos casos de surdez congênita e são transmitidas pelos pais através de seus genes que podem conter informações que darão as características de deficiência auditiva.

Existem vários fatores que podem levar ao surgimento de alterações auditivas; algumas são permanentes e outras transitórias. Vale a pena ressaltar que o aparecimento súbito de uma perda auditiva (surdez súbita) deve ser rapidamente diagnosticado para que o tratamento seja efetivo e a alteração ser revertida. Estes pacientes devem se dirigir ao pronto atendimento e serem avaliados por um médico otorrinolaringologista.

Sintomas

Segundo os especialistas, os sintomas mais comuns nos adultos são dificuldade para compreender a fala – “escuta, mas não entende”, que ainda dificuldade para compreender em locais com ruído, Falar muito alto, aumentar volume de TV e rádio e aparecimento de zumbido. Em bebês observamos que não acordam com barulhos, não assustam com sons fortes e em crianças maiores não desenvolvem corretamente a fala.

Diagnóstico e tratamento

A perda auditiva pode ser detectada através de um exame, que chama audiometria, essa é realizada em adultos e crianças acima de 3 anos. Já as crianças menores detectamos a perda auditiva através do Bera e uma avaliação comportamental da criança frente aos sons.

Descobrir e tratar é um caminho possível e a intervenção correta pode trazer qualidade de vida aos pacientes, principalmente as crianças.

Em Campo Grande, a Funcraf (Fundação para Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais), instituição filantrópica que atua prioritariamente na área da saúde, faz o tratamento dos pacientes com mal formações craniofaciais e deficiência auditiva.  Todos os procedimentos e atendimentos são feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O enfoque da Funcraf é realizar o diagnóstico auditivo o quanto antes para possibilitar o acesso aos sons da fala, por meio dos aparelhos auditivos e/ou Implante Coclear com intuito de desenvolver a fala e a linguagem nas crianças, e nos adultos permitir que restabeleça uma comunicação mais próxima da normalidade.

A Funcraf funciona na Rua 14 de Julho, 4.827 (esquina com a Avenida Mascarenhas de Moraes), no bairro São Francisco. (Assessoria)

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