Tecnologia brasileira substitui agroquímicos na eliminação do mato nos centros urbanos

Desde 2016, através da Nota Técnica 04/2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a prática de uso de agrotóxicos herbicidas químicos para o controle de plantas daninhas em áreas urbanas, em ambientes de livre circulação onde não haja como assegurar adequado isolamento, como em praças, jardins públicos, canteiros, ruas e calçadas. Porém, uma multinacional brasileira com sede na Suíça, a Zasso, desenvolveu uma tecnologia alternativa para solucionar esse problema e realizar a limpeza da cidade, a capina elétrica.

O sistema criado pela empresa, e disponível em versões de equipamentos que podem ser acoplados a tratores (foto), caminhões, motocultivadores, gera uma corrente de alta potência que entra em contato com as ervas daninhas, através de estruturas de metal (eletrodos). À medida que a alta potência entra em contato com as folhas destas plantas, a energia dissipada é capaz de controlar até as raízes, com a inanição de células da membrana celular da planta e, consequentemente, a morte da erva daninha.

“A Linha de Equipamentos Urbanos da Zasso traz equipamentos seguros, que através de descargas elétricas controladas elimina o mato desde as folhas até a raiz, com custo 5 a 10 vezes menor que o método tradicional”, explica Emilio Garnham, diretor comercial da marca no País. Hoje, mais de 100 prefeituras/empresas utilizam a tecnologia da multinacional no Brasil.

Segurança para a população – Os herbicidas são produtos essencialmente perigosos e sua utilização, que é feita em larga escala no meio rural, deve ser feita sob condições de intenso controle, não apenas por ocasião da aplicação, mas também com o isolamento da área na qual foi aplicado. É fundamental que o trabalhador que venha a ter contato com o produto, utilize equipamentos de proteção individual. “Em áreas urbanas, outras pessoas como moradores e pedestres poderão ter contato com o defensivo, sem que estejam com os equipamentos de proteção. Além disso, seria preciso um isolamento da área em que o herbicida foi aplicado de pelo menos 24 horas para que não houvesse nenhum risco de intoxicação, o que é impraticável nesse cenário”, explica o diretor.

A Anvisa diz que é comum os solos das cidades sofrerem compactação ou serem asfaltados, o que favorece o acúmulo de agrotóxico e de água nas suas camadas superficiais. Em situação de chuva, dado escoamento superficial da água, pode ocorrer a formação de poças e retenção de água com elevadas concentrações do produto, criando uma fonte potencial de risco de exposição para adultos, crianças, flora e fauna existentes no entorno da localidade.

Já com a capina elétrica não há esse problema, pois é ecologicamente correto, não danifica o solo e nem seu ecossistema. A companhia realiza voluntariamente pesquisas a fim de investigar possíveis efeitos secundários em organismos não-alvos da tecnologia no solo. “Os ensaios de campo são conduzidos rotineiramente, e não há até agora impactos identificados. O baixo nível toxicológico dessa solução ocorre, principalmente, pelo fato de que grande volume de solo serve de condutor e dissipa a energia, minimizando a corrente e a diferença de potência enfrentadas por seres vivos de menor porte ”, finaliza Garnham. (Assessoria/ruralpress)

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