Universidade faz aborda Violência Obstétrica durante simpósio em Dourados
Conscientização e apoio ao parto humanizado. Esse foi o tema do Simpósio realizado pelo curso de Fisioterapia da Unigran. O intuito não é apenas informar, mas também evidenciar erros que não devem ser cometidos, prevenindo assim, atitudes que ocasionam violência obstétrica.
Os acadêmicos lotaram o anfiteatro do bloco 1 da Instituição para assistir as palestras. Na ocasião, palestraram a fisioterapeuta e doula Newelen Garcia e a médica obstetra Dra. Bethânia Ribas Manzano, ambas sobre a importância da humanização do parto.
De acordo Simone Nihues, coordenadora do curso de Fisioterapia, o principal objetivo do Simpósio, que era o de conscientizar os estudantes, foi alcançado. “Nossa intenção era de que nossos alunos não cometessem qualquer tipo de violência obstétrica e para isso, o meio que encontramos foi o de trazer a informação através da experiência de duas profissionais que fazem a diferença quando o assunto é parto humanizado”, afirma.
O importante é que os futuros fisioterapeutas compreendam o que não devem fazer quando o assunto é o nascimento de uma criança e que não cometam atitudes que humilhem essas mulheres. O papel de qualquer profissional da saúde que compõe a equipe multidisciplinar é promover um parto humanizado.
“A mãe e o bebê que recebem assistência adequada na hora do parto, com ou sem intervenção cirúrgica com certeza não terão riscos durante o procedimento”, finaliza Nihues.
Uma a cada quatro mulheres sofrem violência obstétrica no Brasil, os dados são da Organização Mundial da Saúde – OMS. O importante então é pelo menos abordar e compreender cada vez mais sobre essa realidade, é o que afirma Bethânia Ribas Manzano, ginecologista e obstetra defensora do parto humanizado. “Muitas vezes as mulheres sofrem a violência dentro de casa, não apenas nos hospitais, clínicas, mas por parte dos maridos e até mesmo de pessoas da família e essa violência pode ter início ainda no começo da gravidez e perdurar até o pós-parto, tem gente que acha isso normal e é nosso dever combater esse tipo de atitude”, diz.
O caminho é longo e a luta precisa ser diária. Todos devem se unir na causa para tornar esse momento que é tão lindo e esperado pelas famílias, lindo e prazeroso. Todas as mulheres, mães, tem o direito de trazer os filhos ao mundo de forma tranquila e com menor sofrimento possível. Esse é o trabalho da fisioterapeuta e doula Newelen Garcia. Há dez anos atuando na área da saúde da mulher, acompanha gestantes desde o início da gravidez até o momento do parto, garantindo que a futura mamãe tenha todo amparo necessário.
“Eu me formei aqui na Unigran, voltar para minha casa e dizer para esses estudantes que precisamos sim, ter informação para não cometer os mesmos erros, é fundamental, por isso eu me tornei doula e o meu trabalho pode ser resumido como um apoio emocional. Dentro desse apoio são diversas ramificações, de como a mulher está no momento, porque trabalhar com a mente dela influencia, muito, em todo o processo do parto. Então, iniciamos o processo de conhecimento e de como ajudá-la no dia do parto, confortando-a, e isso proporciona alívio emocional e físico”, conclui.
(Assessoria)