Vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária fecha com Lula no MT

Nas últimas semanas, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se esforçou para costurar alianças com lideranças políticas e empresariais ligadas ao agronegócio no Centro-Oeste, região dominada pelo discurso bolsonarista. A mais bem-sucedida delas foi a coligação que o partido conseguiu viabilizar com o deputado federal Neri Geller (foto), que concorrerá a uma vaga no Senado pelo Mato Grosso.

Geller é produtor rural e vice-presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara dos Deputado. Ele foi relator de leis no Congresso que flexibilizam o licenciamento ambiental. Sua relação mais próxima com o PT foi como ministro da Agricultura entre 2014 e 2015, quando estava no MDB, durante o governo de Dilma Rousseff. Agora pertence ao partido do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e um dos líderes do Centrão.

Agora, segundo o próprio Geller, a abertura dos petistas para ouvir as demandas do agronegócio somada ao papel de Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula, foram fundamentais para costurar a aliança. “Nós sentamos com a equipe do plano de governo e estamos motivados. Eles se mostram dispostos a aumentar a produção com sustentabilidade. E a entrada do Alckmin nos aproxima muito”, afirmou o candidato ao Senado.

E também criticou Bolsonaro. “O atual governo briga por questões ideológicas com a China, que é o nosso maior parceiro comercial, enquanto o Lula já se mostrou um grande líder para unir o mercado”, afirmou. Além disso, pessoas próximas ao deputado contam que o sentimento de que Lula fará um governo pacífico e conciliador também caiu muito bem para o político ligado ao agronegócio.

Uma justificativa que não pode ser deixada de lado também é o fato de o cenário eleitoral mato-grossense favorecer a aliança. O principal adversário de Neri Geller é o senador Wellington Fagundes (PL), que é apoiado por Bolsonaro. “Então por que eu preciso ficar neutro?”, justificou o deputado. (Fonte: Veja)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *