O município de Carolina, no sul do Maranhão,vai ter em breve mais um local para celebrar a fé e o culto à Deus. É que está entrando em fase final de construção as obras da Igreja Assembléia de Deus da Última Hora, denominação religiosa liderada por uma mulher guerreira e de amor ao próximo que promove inclusive resgate de vidas. Seu nome de batismo é Maria das Graças Sousa de Oliveira, mas sua identidade popular entre os carolinenses é “Irmã Graci”. Movida pela fé, esta senhora que hoje alcança seus 70 anos, se tornou um símbolo de amor e bondade.
As obras tem a gerência do pastor Salomão de Souza Oliveira, que está há 20 anos em Carolina com a missão de evangelizar, com a supervisão de sua mãe – a Irmã Graci – e o apoio, companheirismo e irmandade do servo Pedro Paulo da Cunha Barbosa, esposo da missionária.
O pastor Salomão tem o suporte incondicional de sua companheira de vida, a missionária Ana Paula Eleres Pereira de Oliveira, “uma pastora de berço” como definem suas cunhadas Simone e Meire Oliveira. Ela faz um trabalho de evangelização muito bonito com as crianças, contando histórias da bíblia, dando lanches lembrancinhas.
A nova igreja evangélica de Carolina terá duzentos e cinquenta metros de área construída e o primeiro culto dentro dela deve acontecer na virada de 2020 para 2021.
Um regime de mutirão está sendo intensificado entre fiéis e familiares da Irmã Graci para que o local possa receber as primeiras celebrações, mesmo a obra não esteja com o acabamento pronto, como reboco nas paredes e pisos. Nesta semana ficou pronto o contra piso e também a cobertura total do espaço, dando condições pra os fiéis ficarem ao abrigo da chuva e do sol.
HISTÓRIA DE TRABALHO, AMOR E FÉ
Nascida em Carolina, “Irmã Graci” se dedica há mais de 20 anos ao trabalho social e a missão de evangelizar. Sua vocação para a palavra e suas ações de atenção e acolhida a quem mais precisa é vista e reconhecida pela comunidade local. “Eu recebi um chamado de Deus e aceitei ser seu instrumento para pregar a palavra e fazer o bem, promovendo o amor ao próximo como base da fé”, diz a missionária.
Nascida em Carolina, “Irmã Graci” foi uma verdadeira peregrina, pois saiu de sua terra natal aos 12 anos para morar em Araguaina – antes Goiás hoje Tocantins – e depois seguiu para Marabá, no Pará. Com a notícia que seu pai estava doente, ela voltou para cuidá-lo em Carolina, iniciando também a vida missionária.
Há mais de 20 anos “Irmã Graci” está à frente de um templo da Assembléia de Deus em Carolina e, atualmente, coordena a construção de mais uma igreja na sede do município. Mas é na zona rural que está um centro de acolhimento idealizado por ela, denominado de acampamento, no Assentamento de Cancação. Centenas de pessoas já passaram pelo “acampamento” da Irmã Graci, recebendo atenção, alimentação e conforto para a vida continuar.
Mas as obras sociais não se restringem apenas no acampamento. Com o apoio de sua família, fiéis e voluntários, , “Irmã Graci” faz doação de roupas, comida e até eletrodomésticos para para quem estava desesperado pelo mínimo par sobreviver com dignidade. Ela também iniciou um movimento para estruturar o atendimento e hoje seu trabalho é realizado com apoio de uma pequena frota de veículos, que acolhe, assiste e encaminha as pessoas para a dignidade e a resolução de seus principais problemas.
Em função do acolhimento das pessoas, muitos beneficiados com sua ação maternal acabam por chamá-la de “Mãe Graci”, uma forma carinhosa de reconhecer sua importância em suas vidas. “Enquanto eu estiver vida e saúde quero continuar atendendo a gente de Carolina como um instrumento de Deus”, enfatiza a missionária.