Família do Paraná vive drama com paciente infartado em Mato Grosso

A ineficiência da rede estadual de saúde de Mato Grosso, responsável por fazer a gestão de casos urgentes de média a alta complexidade, tem feito uma família do Paraná viver um verdadeiro drama desde o último domingo (23).

O trabalhador Anderson Alves Pereira (foto), de apenas 43 anos, finalizava um carregamento em Porto dos Gaúchos (MT) quando começou a passar mal e procurou ajuda médica.

No Hospital Municipal local foi diagnosticado que ele sofreu um infarto agudo do miocárdio. Desde então, contudo, a central de regulação regional de Sinop (MT), responsável por encaminhar o caso para uma unidade especializada a realizar os procedimentos de emergência, não deu conta de solucionar a questão.

No laudo médico assinado pelo médico Danilo da Silveira Guerra, de Porto dos Gaúchos, é ressaltado a necessidade de atendimento imediato’, além de ‘altíssimo risco de complicações cardiovasculares, inclusive morte súbita’.

O site Minuto MT teve acesso a um desabafo feito nas redes sociais por Juliana Polizel, esposa de Anderson, que está no Paraná aflita junto das filhas diante da falta de resposta.

A reportagem entrou em contato com a central de regulação geral do estado, que explicou que todo o trâmite precisa ser encaminhado pela regional de Sinop e que se não houver vaga no Hospital Regional de Sinop é preciso que os médicos reguladores façam contato e peçam a transferência imediata do paciente para outra unidade do estado ou até fora dele.

Em contato telefônico com a regulação de Sinop, um médico que se identificou como Jackson, de maneira ríspida, mesmo sendo informado sobre todo o contexto do caso e o drama familiar, respondeu de forma curta e grosseira que “fala apenas com médicos”, desligando imediatamente o telefone.

Para aumentar o desespero, segundo informado por Juliana, mesmo diante de todos os apelos feitos pelos familiares, não tem sido repassados pelo Hospital de Porto dos Gaúchos mais detalhes do quadro clínico de Anderson, tampouco seus exames.

A mulher tem falado com o marido, que está com o celular no quarto do hospital, aguardando por uma ‘milagre divino’ e com tão poucas informações sobre sua própria saúde quanto a família que está no sul do Brasil.

Emocionado, Anderson tem feito ligações por vídeo para tentar acalmar as filhas pequenas. “Estamos todos apavorados. O fato dele estar longe de casa, da família e de amigos dificulta muito. A falta de informação é terrível. A comunicação nem sempre é possível com o hospital. Vejo minhas filhas pedindo a Deus pela volta e recuperação do pai. É só isso que queremos, que ele consiga ser transferido para um hospital que dê suporte e assim ser feito o que realmente é necessário”, desabafou a esposa, em contato com a reportagem.

A situação fica ainda mais delicada porque Anderson, apesar de jovem, já sofreu um primeiro infarto quando tinha menos de 35 anos, ocasião em que teve de implantar dois stents, que são endopróteses expansíveis, usadas para prevenir ou impedir a constrição do fluxo sanguínero no local onde tenha ocorrido o entupimento das artérias ou para reconstruir uma artéria acometida por aneurisma.

Veja abaixo o apelo de Juliana e o laudo médico, que foi o único documento repassado à família, até agora: 

 

(Fonte: Minuto MT)

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