Hospital em Campo Grande realiza 10 transplantes de medula óssea em pouco mais de dois anos
No dia sete de novembro passado, mais uma paciente de transplante de medula óssea do Hospital Cassems de Campo Grande teve alta após a “pega” da medula. Desde o primeiro transplante realizado, no dia 10 de agosto de 2022, já são 10 pacientes que passaram pelo procedimento com sucesso na unidade hospitalar.
A décima paciente transplantada no Hospital Cassems é a beneficiária da Caixa dos Servidores Beatriz Modafari Martin. A médica hematologista Soraia Romanini explica que o caso da Beatriz foi um pouco complicado, mas ela reagiu bem ao tratamento.
“A dona Beatriz é uma paciente que teve linfoma de Hodgkin. Ela, inicialmente, respondeu ao tratamento, mas que posteriormente a doença teve o que a gente chama de recidiva, a doença voltou à atividade. Então, foi indicado um novo tratamento, um novo protocolo de quimioterapia seguido pelo transplante. Agora, ela venceu uma etapa muito importante, porque ela conseguiu fazer o transplante logo após a segunda bateria de quimioterapia. E isso vai ter um impacto muito significativo para o tratamento dela”.
Renato Yamada, médico oncologista, destaca a solidificação do serviço de transplante de medula óssea no Hospital Cassems de Campo Grande, que envolve a estrutura e a equipe multidisciplinar que atende os pacientes transplantados.
“O serviço vem cada vez mais se consolidando. É um case de sucesso aqui na cidade. O serviço como um todo é bem completo, porque temos uma equipe multiprofissional e a gente não faz nada sozinho, tem toda uma equipe por trás. A estrutura do hospital também é ótima. Então, cada vez mais a gente vem se consolidando para não só ser o único serviço de transplante da cidade, mas ser o melhor também”, avalia Yamada.
Beatriz não mede palavras para agradecer o tratamento recebido durante o processo de transplante. “É uma equipe maravilhosa, atenciosa e disponível toda hora que eu precisei. Recebi todo cuidado a cada momento, sem piscar. A 24 horas eles estavam aqui comigo. Estou sentindo uma felicidade muito grande porque estou aqui pelos meus filhos, pela minha neta, porque eles são minha pilastra. Eu quero estar bem para estar com eles, para ter momentos melhores que eu tinha antigamente. Os problemas me impediram de muitas coisas, mas, agora, se Deus quiser, com a ajuda da equipe do transplante, eu vou estar bem”.
A hematologista Soraya salienta o papel da paciente durante o procedimento do transplante e a empatia da equipe multidisciplinar no cuidado em cada etapa do processo.
“Todo paciente que passa por um processo como esse é vencedor e o nosso sentimento é de gratidão também por terem confiado no nosso trabalho. Então, eu sempre penso que se a gente tenta se colocar no lugar do paciente a gente não sabe como teria tolerado tudo isso e é esse exercício que eu sempre procuro fazer. Gratidão por termos condições de atender esses pacientes, por atender a demanda dessas pessoas, por ter uma equipe que trabalha unida e coesa a fim de proporcionar o melhor a essas pessoas. No fim, eu costumo dizer que o transplante não acaba quando termina. Então, o dia da pega é um marco, é um marco muito importante, mas o processo todo de acompanhamento vai seguir” finaliza Soraia.
(Da assessoria)