Acusado de furto, idoso negro é agredido em hospital do RS e sua esposa, assustada, infarta e morre

Equipe do hospital chegou a pedir desculpas ao senhor, já que o celular supostamente furtado foi encontrado em outra sala da unidade de saúde mas, a essa altura, sua esposa que tinha se assustado com a situação já havia falecido – Fotos: Odair Goulart

Um caso de aparente motivação racista no Rio Grande do Sul, neste sábado (18), acabou resultando em morte. Um idoso de 62 anos, segundo relatos de testemunhas, foi humilhado e agredido pela equipe do Hospital Dom João Becker, em Gravataí, após ser acusado de furtar um celular e, sua esposa, faleceu em meio à situação.

Everaldo da Silva Fonseca acompanhava a esposa Maria Gonçalves Lopes que estava internada na unidade. Funcionários do hospital, em dado momento da madrugada, acusaram Fonseca de ter furtado o celular de uma auxiliar de enfermagem. Ele teria sido agredido, humilhado e expulso do hospital.

Observando toda a cena, sua esposa, Maria Gonçalves, teria se agitado e implorado para que os funcionários parassem de agredir o marido. Assustada, ela teve um ataque cardíaco e morreu.

Em depoimento à reportagem, o filho do casal, Jonatas Lopes Fonseca, relatou que os funcionários tentaram, inclusive, encontrar o celular com Maria Gonçalves, retirando as fraldas que a mulher usava.

Minutos depois, o celular que motivou as agressões contra o idoso foi encontrado em outra sala da unidade de saúde.

“Depois de tudo eles queriam me agradar, trouxeram maçã, pão e suco, como se isso fosse amenizar a humilhação que passei e a vida da minha esposa, estou destruído por dentro”, relatou o senhor agredido.

O homem registrou um boletim de ocorrência por agressão junto à Polícia Civil e o hospital, por sua vez, enviou uma nota ao site Giro de Gravataí informando que “uma sindicância será aberta para apurar as denúncias de agressão”.

(Fonte: Fórum/Alô Gravataí)

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