Calamidade em MT: Para Rodrigo Maia:, em momento de dificuldade, medidas devem ser no início

O presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia, que esteve em Cuiabá na sexta-feira – Foto: Alair Ribeiro

O presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu a decisão do governador Mauro Mendes (DEM) em decretar estado de calamidade financeira em Mato Grosso e propor um pacote de medidas que visam o corte de gastos e o equilíbrio das contas públicas.

Segundo ele, em um Estado em crise, as medidas precisam ser tomadas no início da gestão, sob pena de o governador perder a legitimidade para tomar as ações necessárias.

“Acho que quando você assume um Estado com tantas dificuldades, como o governador Mauro assumiu, ou toma as decisões no início do governo ou, em um segundo momento, vão dizer que não tomou as decisões no momento adequado e que a responsabilidade do que recebeu não é mais do governo anterior”, afirmou Maia logo após um encontro com Mendes, em Cuiabá, na sexta-feira (18).

“Se há uma crise, como há e foi relatado, é importante que se tome as decisões no início do governo para que se possa organizar o Estado o mais rápido possível, para que o salário dos servidores esteja em dia, para que o Estado possa retomar sua capacidade de investimento”, disse.

E coloca como prioridade do Governo as transferências constitucionais e legais aos municípios e o ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), além do repasse de duodécimos aos poderes e instituições, bem como pagamento de precatórios e obrigações tributárias e previdenciárias.

Ainda os pagamentos da dívida pública, das tarifas de serviços públicos, folha de pessoal e serviços de mão de obra terceirizada.

Para Maia, a medida foi corajosa e vai ao encontro dos anseios atuais da sociedade.

“Concordo com as decisões corajosas do governador Mauro. Seriam as minhas se estivesse na posição dele. Chegou a hora de o político parar com discurso fácil, que vai fazer, que vai investir, mas não mostra de onde tirar os recursos”, disse.

“A política está desconectada da sociedade, por muitas questões, seja a questão ética ou porque o Estado brasileiro não responde mais aos anseios da sociedade”, afirmou.

Servidores e gigantismo

O presidente da Câmara, que busca a reeleição na função, defendeu a diminuição do Estado. Ele ainda citou que o Executivo gasta muito com servidores e setores da economia em detrimento de outros itens essenciais.

“Não temos coragem de enfrentar as despesas públicas, que hoje são capturadas por um pequeno grupo de servidores públicos federais. Na União, por uma parte de setores da economia, que levam R$ 300 bilhões de incentivos fiscais, que não sabemos se podem ou não, porque nem fiscalização existe”, disse.

(Midianews)

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