Campo Grande promove inclusão e visibilidade a pessoas com deficiência

Apresentação cultural no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência na Praça Ary Coelho, em Campo Grande – Fotos: Elvio Lopes

Élvio Lopes

Especial para o Lupanews

A Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência (Caped), realizou, durante todo o dia desta sexta-feira (21), atividades alusivas ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, reunindo suas equipes e de entidades parcerias e de apoio, na Praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande (MS), com a finalidade, segundo o coordenador, David Marques, de proporcionar acesso a equipamentos e serviços e a busca por maior visibilidade dos portadores de deficiência. A mostra, com apresentações culturais, de teatro e música, aconteceu até às 11h e da exposição de materiais e serviços, até o final da tarde.

David Marques, coordenador da Caped de Campo Grande com Nelson, Adriano e Magno na mostra da Praça Ary Coelho

Para David Marques, as ações realizadas pela coordenadoria são voltadas para as pessoas com deficiência de forma a enxergá-las como um todo, sem discriminação, garantindo seus direitos, viabilização de oportunidades de trabalho, de convivência social e atividades de lazer e recreação e promover a assistência social nos casos em que a família necessita desse tipo de apoio. “Agradeço às instituições parceiras, que também devem se fortalecer para tocar os projetos que proporcionem respeito às pessoas com deficiência”, afirmou o coordenador.

As apresentações culturais contaram com o grupo de percussão Batuque Samac, sob a direção do professor Samuel, seguindo-sea cigana Luna Negra, da Associação Nacional dos Ciganos, com uma dança cigana; de uma peça de teatro com a participação de pessoas com deficiência e shows musicais.

Equipe da Funesp durante mostra no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência em Campo Grande

As pessoas que passavam pela Praça Ary Coelho pela manhã, acabaram atraídas pelas atividades culturais e também pelas ações que as entidades realizam em benefício das pessoas com deficiência e, ao visitarem alguns dos estandes, recebiam informações sobre como participar da inclusão e do apoio a essas instituições e às próprias pessoas com deficiência.

VISÃO

O Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florisvaldo Vargas (Ismac), fundado em 1957 em Campo Grande, participou da mobilização realizada pela Cedap, mostrando como atende pessoas com deficiência visual parcial ou total, com habilitação e reabilitação, que resulta na autonomia de cada um, segundo explicou a assistente social Renata Araújo.

A bibliotecária do Ismac, Benilce Araújo, explicou que o centro habilitação visual também mantém uma biblioteca atualizada e um sistema de tradução de textos para áudio, via computadores, que disponibiliza material para concursos aos beneficiados, bem como livros em Braille e com textos em fontes grandes – letras ampliadas – para baixa visão, além de manter um estúdio de gravação para disponibilizar áudio aos beneficiados, com gravação por doadores de voz. “Os materiais didáticos mais urgentes são transformados via computador, de textos em áudio, mais automatizado, porém, servem para aqueles que precisam estudar para algum tipo de concurso ou prova”, destaca Benilce.

OSTOMIZADOS

A Associação dos Ostomizados de Mato Grosso do Sul (AOMS), atende a pessoas que passam por cirurgias que necessitam de cirurgia para uso de bolsa de colostomia – que permite uma ligação entre o corpo do paciente e o exterior para eliminação das necessidades fisiológicas e também oferece assistência social para as pessoas que necessitam de apoio e acesso a equipamentos, deslocamentos e outros serviços.

A assistente social Lana Flores explica que a entidade mantém um setor jurídico que orienta os pacientes – temporários, de dois a seis meses com a bolsa – existem casos de até dois anos e meio e definitivos, para que sejam atendidos em seus direitos e atualmente está lutando, com outras entidades nacionais, para que não seja retirado dos ostomizados o direito de passagens interestaduais. “Muitos ostomizados precisam de tratamento em Barretos, São Paulo e no Paraná e a retirada desse benefício pode prejudicar muitas pessoas”, afirma.

RECUPERAÇÃO

O Projeto Fraternidade na Rua, mantido por uma entidade religiosa parceira, também participou da mostra da Caped e acolhe dependentes químicos, oferecendo oportunidade da escolha de um novo caminho, sem uso de entorpecentes, com tratamento gratuito e que conta com o apoio de voluntários para manutenção de uma clínica de recuperação e reabilitação, que atende os pacientes por até um ano como residentes e de seis meses a dois anos com ressocialização.

PARCERIAS

A Associação Nacional de Poetas, coordenada pela poetisa e escritora Delasnieve Daspet de Souza e Ponto da Paz foram outros dois espaços instalados na Praça Ary Coelho, com material de campanha por um trânsito mais humano, sem vítimas e incentivo pela paz.

Outras entidades parceiras que participaram da mostra foram o  Núcleo Paralímpico da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), que participa, neste sábado, do Dia do Atleta Paralímpico, que será realizado no Ginásio da Unigran Capital com as atividades de badminton e vôlei sentado e no pátio da universidade, o Goalbal; o Centro-Dia para Pessoas com Deficiência, que comercializa artesanato e artes plásticas produzidos pelos deficientes e o Projeto Rondon, que também oferece apoio às pessoas com deficiência.

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