Cardiopatia Congênita: Cassems inicia serviço de cirurgia cardíaca pediátrica no MS

Rodrigo Macedo, de 8 anos foi o primeiro paciente no Estado

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 30 mil crianças brasileiras nascem com cardiopatia congênita, isto é, 10 a cada mil nascidos vivos no Brasil tem alguma malformação na estrutura do coração. Ainda de acordo com o Órgão, pelo menos 12 mil pacientes vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano de vida.

Se por um lado a demanda é alta, o “Diagnóstico Situacional de Cirurgia Cardíaca Pediátrica”, demonstra que o Brasil possui 67 hospitais, distribuídos em 21 estados brasileiros, habilitados para realizar o procedimento de alta complexidade. São Paulo, Bahia e Minas Gerais são os que possuem o maior número de hospitais habilitados para realizar a cirurgia.

O mesmo estudo aponta que por ano entre 300 a 400 crianças com cardiopatia congênita podem precisar de cirurgia em Mato Grosso do Sul. Para contribuir com o atendimento dessa demanda estadual, no último dia 29 de maio, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), cumprindo seu papel de oferecer uma ampla assistência à saúde com excelência e qualidade iniciou o serviço de cirurgia cardíaca pediátrica.

A primeira cirurgia – O primeiro procedimento realizado na unidade hospitalar da Caixa dos Servidores em Campo Grande contou com a presença do renomado cirurgião cardiovascular, Marcelo Jatene, reconhecido nacional e internacionalmente como uma autoridade na área da cirurgia cardíaca pediátrica nacional.

Rodrigo Macedo, de 8 anos, possui cardiopatia congênita complexa e foi o primeiro paciente a realizar a cirurgia cardíaca pediátrica no Hospital Cassems Campo Grande. Segundo a mãe do beneficiário da Cassems, Juliana Arguelho Macedo, o menino já passava por acompanhamento médico e a descoberta da necessidade de cirurgia ocorreu durante a troca de uma medicação.

A servidora pública relembra o que sentiu ao saber, em janeiro, que o filho precisaria de cirurgia e que poderia ser feita no Hospital Cassems Campo Grande. “Saber que faríamos a cirurgia por aqui foi uma ótima notícia, já estava preocupada, nenhuma mãe espera passar por essa situação, de  operar seu filho, ainda ter que se deslocar para outro lugar, onde não conheço ninguém, não teria o apoio familiar tão importante nesse momento”.

A mãe do menino, que no quarto dia após a realização do procedimento de alta complexidade comemora o sucesso da cirurgia. “O pós-operatório foi melhor que eu esperava, os médicos Guilherme Viotto e Camila Lino,  são excelentes profissionais,  me informaram os procedimentos, sempre passando tranquilidade, tirando as dúvidas  e medos, acompanharam meu filho a todo momento e ainda o acompanharam. Só tenho agradecimento a eles, que a vida deles seja abençoada por Deus, e que os próximos pacientes tenham a certeza que estão em boas mãos”, afirma.

Com o novo serviço, o Hospital Cassems Campo Grande, se tornou o primeiro da saúde suplementar habilitado em cirurgia cardíaca pediátrica no Estado, conforme aponta a diretora de assistência à saúde, Maria Auxiliadora Budib, ampliando as possibilidades de acesso ao procedimento no Estado. “Antes as nossas crianças cardiopatas, e seus familiares, precisavam fazer a travessia para outros estados. E agora conseguimos oferecer acesso à cirurgia cardiovascular infantil. É um avanço tecnológico, de equipe, e de acolhimento da Cassems”, afirma.

Os responsáveis técnicos pelo serviço são o cirurgião cardíaco pediátrico Guilherme Viotto e a cardiologista pediátrica e ecocardiografista pediátrica Camila Lino Martins. Para o   cirurgião cardíaco pediátrico o novo serviço oferecido pelo Hospital Cassems Campo Grande tem um impacto positivo na rotina das famílias, uma vez que é possível realizar o  tratamento e a cirurgia no mesmo estado em que as crianças residem.

“Isso porque o tratamento longe de casa, abala emocionalmente tanto as crianças quanto os pais, além de trazer impactos econômicos, onera o orçamento familiar, altera a rotina familiar. Sem contar a corrida contra o tempo para encontrar onde realizar a cirurgia. Nossa meta é realizar uma cirurgia por semana, atendendo assim parte da demanda estadual, oferecendo esperanças de tratamento e diminuindo a distância entre o cuidado e as famílias”, finaliza Viotto.

(Da assessoria)

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