Economia Criativa apresenta conceito em que projeta dobrar PIB do setor em 4 anos

O que é a economia criativa? E qual o seu potencial econômico no PIB do Estado? Criada no primeiro semestre deste ano, a Superintendência de Economia Criativa vem para responder essas perguntas e construir, junto dos criativos de MS, o primeiro plano estadual do setor.

Com parceiros como Sebrae, Sesc e prefeituras municipais, a Superintendência de Economia Criativa tem rodado Mato Grosso do Sul discutindo as potencialidades e eventuais dificuldades de cada região.

Para alcançar todos os 79 municípios, o Estado foi dividido em oito encontros regionais no Oeste, Sul, Fronteira, Norte, Centro, Oeste e Costa Leste. Num primeiro momento, a Superintendência visita as regiões, apresenta o trabalho e posteriormente retorna para realizar os encontros regionais, onde são colhidas as propostas para o plano.

Dentro da programação também estão inclusas atrações culturais, apresentações e estandes de criativos, além da realização de oficinas.

Em fase de construção, a primeira legislação a respeito da Economia Criativa é o grande passo para fazer de Mato Grosso do Sul o estado pioneiro no desenvolvimento do setor.

O que é economia criativa? – Nos lançamentos da pasta, o superintendente tem despertado no público a necessidade de enxergar a criatividade como economia. Décio Coutinho começa explicando que o conceito de economia criativa envolve uma economia humanizada, que valoriza os talentos, o território, mas acima de tudo, as pessoas.

“Todo dia me perguntam o que é economia criativa, e eu trago esta foto, de uma viola de cocho. Tem valor cultural aqui? Tem valor econômico? Tem tecnologia? Lembrem sempre: aqui tem valor cultural, econômico e a tecnologia do saber fazer do artesão. E se tem cultura, economia e tecnologia, isso é economia criativa”, apresenta o superintendente.

Na palestra, Décio praticamente desenha o conceito que vem trabalhando por todo o País, e de uma forma lúdica nos aproxima da nossa própria cultura enxergando-a com outros olhos.

“É preciso transver o mundo, como já dizia o poeta Manoel de Barros, e quando a gente fala de criatividade, é muito um comportamento nosso, uma postura nossa de exercitar esse novo olhar sobre o mundo. E então é um desafio muito pessoal, como é que eu posso ser mais criativo do que eu já sou? É preciso transver o Mato Grosso do Sul”, poetiza Décio.

Secretário de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Ferreira Miranda enfatiza que a economia criativa tem espaço no Estado.

“Sabendo que a questão da geração de emprego e renda está cada vez mais difícil, com as grandes empresas vindo e todo o processo de automação, se gera menos emprego. Sem dúvida nenhuma, o grande caminho é a economia criativa, e não tem como falar dela sem falar de cidadania, sem falar de geração de renda, que é um dos grandes objetivos do nosso plano estadual”, sustenta Marcelo.

Para a analista-técnica do Sebrae/MS, gestora do Programa Economia Criativa, Daniele Muniz da Silva Vieira, este é um setor em crescimento em todo o mundo, e não seria diferente em Mato Grosso do Sul.

“O Estado possui uma rica cultura e tradições, o que torna a economia criativa uma área importante para a economia local. No MS, a economia criativa tem sido impulsionada pela produção de artesanato, música, teatro, dança, literatura, cinema, gastronomia, arquitetura, publicidade”, enumera a analista.

Parceiro dos encontros regionais, o Sebrae tem vislumbrado na estruturação do plano estadual a base para criação e implementação da primeira Lei Estadual de Economia Criativa de MS.

“A economia criativa na verdade, sempre foi muito importante para o desenvolvimento econômico sul-mato-grossense, no entanto estamos seguindo uma tendência do mercado mundial quando olhamos as oportunidade de ganhos competitivos e, incluímos em nossas ações, nuances da economia colaborativa, setores afins se organizando em torno de um propósito maior, uma grande coalizão, onde são alinhados e documentados os principais interesses de cada segmento, tudo isso num esforço conjunto entre os setores público e privado, com a condução da Setescc e o Sebrae/MS”, destaca.

Dobrar o PIB – Para o superintendente de Economia Criativa de MS, Décio Coutinho, elevar o PIB do Estado será a consequência do primeiro plano estadual no segmento.

“Nós queremos construir um plano que seja a cara do Mato Grosso do Sul, com as peculiaridades de cada região, para que isso possa realmente ser um plano que vai espelhar a nossa rica diversidade. A nossa meta é ambiciosa? A gente quer dobrar o PIB da economia criativa até 2026, que hoje no Estado é de 0,8. Queremos transformar, até 2026 em 1,6”, anuncia Décio.

Para participar e trazer a sua colaboração no Plano Estadual de Economia Criativa se atente às datas do encontro em sua região, confira abaixo:

Regional Sul – Naviraí
Encontro Regional: 14/09

Fronteira – Ponta Porã
Encontro Regional: 20/09

Regional Norte – Rio Verde
Encontro Regional: 27/09

Regional Oeste – Bonito
Encontro Regional: 17/10

Regional Centro – Campo Grande
Encontro Regional: 31/10

Regional Sul – Dourados
Encontro Regional: 16/11

Regional Costa Leste – Três Lagoas
Encontro Regional: 21/11

(Da assessoria)

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