Falta de ações em saúde e segurança alimentar preocupa Federação dos Povos Indígenas de MS

Ronaldo Ozório(e) e Wilson Matos(d), em evento da Federação no final do ano passado

A situação de calamidade na saúde vivida nas aldeias preocupa a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de MS (Fepoims). A entidade está fazendo gestões junto aos organismos responsáveis para que socorram as comunidades em vulnerabilidade social. Além da questão da saúde, outro problema grave é alimentar.

A subnutrição é mais um fator para agravar ainda mais o quadro desesperador nas aldeias indígenas do Estado, porque ela baixa ainda mais a imunidade da população nestes tempos de pandemia.

De acordo com o presidente Ronaldo Ozório, a Federação participa dos conselhos de saúde no município de Campo Grande e também no Estado. A entidade também assento no Fórum Unificado do Sistema Único de Saúde (FUSUS/MS) e em todos estes colegiados já receberam a manifestação para uma ação mais efetiva nas aldeias indígenas.

Na capital, por exemplo, são 12 comunidades indígenas, incluindo os “aglomerados”, que são os que vivem em assentamentos. “Como representação, estamos intervindo para alertar sobre a gravidade da situação e a necessidade de ações urgentes”, observa Ronaldo. Ele cita também  o quadro alarmante da agressividade do vírus na população indígena de Dourados e Aquidauana, onde estão concentrados o maior número de casos e morte entre índios por covid 19.

Os casos de discriminação, para Ronaldo Ozório, é a pior doença, já que condena o povo indígena ao abandono e até à morte. “O momento é de ajuda humanitária e não de ódio e discriminação”, afirma Ronaldo, conclamando ações do bem em favor dos povos indígenas de MS.

 

 

 

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