Futuro ministro da Saúde se espelha em Campo Grande como modelo para atenção básica no país
O futuro ministro da Saúde e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) se espelha no modelo de atenção básica criado em Campo Grande para usar como exemplo para outros municípios do país.
Entre os exemplos, está a inserção da odontologia durante os cuidados do pré-natal para as gestantes. A medida evita que haja partos prematuros e que as crianças venham ocupar UTIs Neonatais. A proposta foi até citada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para a saúde.
“O programa de odontologia para grávidas foi uma citação na época da pré-campanha, onde ele [Bolsonaro] foi dar exemplo sobre a atenção básica”, explica o futuro ministro da Saúde.
Segundo Mandetta, “quando você previne, você tem uma chance muito grande de reduzir os custos de atenção e das consequências. Um pré-natal bem feito reduz o número de partos prematuros. Quando uma gestante chega na unidade de saúde, tem o diagnóstico de gestão positiva. O que é isso? A enfermagem solicita os exames necessários, ela já faz o agendamento para médico que vai cuidar do pré-natal com a consulta marcada”.
Na Capital, a rede municipal de saúde implantou um projeto que deu certo. “Em Campo Grande nós introduzimos os agendamentos com a odontologia. As gengivites, cáries, os canais quando estão infeccionados e não tratados, são uma das causas de parto prematuro. Por isso, a importância de ter um cuidado preventivo”, explica.
Outra proposta
Campo Grande também foi pioneira na coleta de exame de urina das gestantes. “A cidade saiu na frente, foi pioneira também. A coleta da urina-cultura de grávida é importante porque muitas infecções urinárias são silenciosas e assintomáticas. Muitas mulheres não sentem nada e há riscos para o bebê. Se descoberta antes é possível controlar a infecção”.
Ele aponta que essas propostas podem ser expandidas para outros pontos do país. “Essas duas políticas, de fazer o tratamento dentário no início da gravidez e controlar a infecção urinária, nós reduzimos o número de partos prematuros diminuindo a pressão no número de leitos neonatais”.
“Então, isso é um exemplo que pode servir para inúmeras outras políticas para se ter o cuidado preventivo e medir qual é a consequência disto na atenção básica. É fazer gestão por indicadores, a chamada gestão clínica no sistema de saúde”, finaliza Mandetta.
(Fonte: Topmidianews)