Irmãs ganham bebês no mesmo dia e com diferença de 45 minutos entre um e outro
Os corredores do Hospital Santa Casa Rondonópolis guardam muitas histórias de famílias da cidade e municípios vizinhos. Com 286 leitos ativos, sendo que destes, 80% são pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS, o hospital é referência, nas regiões Sul e Sudeste, na Oncologia, na Cardiologia, na Covid, na Pediatria, na Neonatologia e na Maternidade. Esta última, com relatos surpreendentes como o das irmãs Andrieli e Andrezza Rocha Queiroz, que ganharam neném no mesmo dia, com uma diferença de 45 minutos entre um parto e outro.
Com idades semelhantes, 18 e 19 anos, Andrieli e Andrezza cresceram juntas e, desde meninas, foram muito ligadas. Quando adultas, se casaram e acabaram mudando para lugares distantes. O que afastou um pouco as irmãs. Mas a relação permaneceu intacta e a ligação, fortíssima. Tanto, que engravidaram no mesmo período, fizeram o pré-natal juntas e, inclusive, com o mesmo médico.
O que não batia, era a data do nascimento das crianças: uma para o dia 16 e a outra para o dia 20 de abril. Mas Deus não quis assim e Andrieli acabou entrando em trabalho de parto 5 dias antes do previsto e, a irmã Andrezza, conforme o previsto, começou a sentir as dores na quinta-feira (15/04). Resultado: as mães deram a luz na mesma data, de parto normal, com uma diferença de 45 minutos entre um nascimento e outro. Situação jamais vista pelos nossos profissionais que auxiliaram durante todo o processo.
“Cheguei no plantão e as duas estavam internadas no Centro de Parto Normal em quartos separados. De início, fiquei surpresa porque até o nome delas são parecidos, mas fiquei com sentimento de alegria em vivenciar esse momento tão especial para essa família afinal, foi a primeira vez que isso ocorreu em nossa equipe”, destacou a enfermeira obstetra Nêmora Figueiredo.
Outra coisa que chamou a atenção de Nêmora foi a calma das irmãs e os cuidados uma com a outra. “Elas estavam bem calmas, acompanhadas pelos esposos e durante todo tempo partejamos, monitoramos e orientamos sobre métodos não farmacológicos para alívio da dor. Percebemos que até a evolução do parto era semelhante, até o momento da dilatação total foi assim. Após o nascimento, Andrielle foi no quarto da irmã Andrezza levar a sobrinha para se conhecerem e ao encaminhar ao alojamento conjunto solicitei vaga no mesmo quarto, pois assim poderiam permanecer o puerpério unidas”, disse.
Para as irmãs, este momento ímpar aproximou ainda mais as famílias e deve ser lembrado e comemorado por toda a vida. “Foi estranho e ainda não percebemos a proporção real de tudo. Tínhamos medo do parto, mas o cuidado que recebemos desde que chegamos no hospital fez esquecermos das preocupações. Foi o momento mais lindo da minha vida, principalmente porque pude dividi-lo com minha irmã. Estamos muito felizes”, destacou Andrezza.
Já Andrieli, mãe de segunda viagem, já estava mais preparada para o momento, mas também lembrou com carinho do nascimento da segunda filha. “As profissionais foram impecáveis. Uma delas, inclusive, fez questão de estar comigo e com minha irmã durante todo o tempo. Me senti acolhida e amada. Quanto a similaridade do parto, foi o que faltava para selar o dia que será pra sempre lembrado por nós”, concluiu. (Assessoria)