Médica da Fiocruz diz que Brasil está 6 meses atrasado em plano para vacina

Margareth Dalcolmo participou do programa "Roda Viva" na segunda-feira (14/12) (Foto: Reprodução/TV Cultura)
Margareth Dalcolmo participou do programa “Roda Viva”(Foto: Reprodução/TV Cultura)

A pesquisadora e pneumologista Margareth Dalcolmo, da FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), afirmou neste mês de dezembro que o Brasil está atrasado há pelo menos seis meses com plano para a vacina contra a Covid-19 e que o país “deixou de tomar providências do ponto de vista logístico”.

“Deixamos de tomar providências do ponto de vista logístico, que poderiam ter sido iniciadas [antes]. Se sabemos que a vacinas começaram no período recorde de 8 meses, há 6 meses nós já deveríamos estar pensando, considerando a grande experiência do PNI brasileiro, deveríamos estar nos preocupando, quase um problema domestico: você se previne estocando agulhas, seringas, e mais uma rede de frios absolutamente pronta para receber qualquer vacina”, disse ela, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também parcitipou do programa e fez duras críticas ao tratamento da CoronaVac — produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac — como “vacina chinesa”, como vem sendo chamada principalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para Dimas, o rótulo foi colocado no imunizante contra a Covid-19 com objetivo “político e ideológico”.

“Primeiro, que não se trata de uma vacina chinesa, é brasileira, do Instituto Butantan. É uma vacina que será incorporada ao portfólio do Butantan. E, em nenhum momento, essa vacina será como outras, absolutamente 100% chinesa”, rebateu Dimas.

Covid em alta no Brasil

O Brasil registrou 526 novos óbitos causados pela covid-19 nesta segunda-feira (14) e completou 11 dias com tendência de alta na média móvel de mortes, com 18 estados e o Distrito Federal em aceleração. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.

Foram 651 óbitos em média nos últimos 7 dias, o que representa uma aceleração de 24% na variação de 14 dias. Ao todo o país já registra 181.945 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 27.419 novos diagnósticos positivos para a doença de ontem para hoje em todo o país.

Desde o começo da pandemia, o número de infectados no Brasil chegou a 6.929.409. Foram 651 mortes em média nos últimos sete dias.

(Yahoo/Uol)

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