Não tem mais vagas: Milhares de pacientes com covid na fila de espera

Acima, pacientes e macas na recepção do Hospital da Vida, em Dourados. Abaixo, fila de ambulâncias esperando vagas para pacientes no Hospital Regional de Rondonópolis – Fotos: Reprodução

Escolher na fila de espera quem tem mais chance de viver e encaminhar para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando ela aparece e, quase sempre, com a morte de outra pessoa. Esta é realidade do caos na saúde em função da pandemia da covid 19, que foi negada por muitos, inclusive pela representação do governo central.

Nas pequenas cidades, a média de leitos não passa de 30 leitos normais e não possuem UTI, que existem apenas em municípios de porte médio e grande, vem como nas capitais e regiões metropolitanas.

Em todos os estados existem filas de centenas de pessoas esperando vagas em UTI. Em Santa Catarina, um dos estados mais negacionistas, os médicos já adotaram o protocolo da escolha de pacientes para a internação intensiva. Este protocolo consiste, basicamente, em analisar o quadro de comorbidades e um possível grau de reação dele aos medicamentos.

Na prática, é escolher quem vai ter chance de vida indo para uma UTI ou permanecer em macas de hospitais ou de ambulância até o corpo não mais resistir. Este é o diagnóstico do caos, provocado pela má vontade de quem deveria fazer o mínimo de esforço para salvar vidas, mas preferiu a negação e a mentira sobre supostos medicamentos eficazes contra o vírus voraz.

Na prática, a mais eficaz arma contra o vírus é a vacina, que foi pesquisada, testada e certificada por quem estudou e são especialistas no assunto. E mesmo ela, com todo esse processo, não tem 100% de eficácia, pois é um imunizante e depende de, pelo menos, duas doses doses para que o organismo crie a defesa necessária para enfrentar e vencer o vírus.

O amor o próximo é, neste momento, o sentimento que deve imperar para todos. Aglomerar é sinônimo, em qualquer circunstância, é promover a disseminação do vírus. Nossos anjos sem asas, que são os profissionais da saúde da linha de frente, estão no limite da capacidade física e mental.

Pressionar por vacina já é o único grito que deve ser ecoado e cobrado de quem já deveria ter providenciado as doses necessárias. Apoiar as medidas restritivas de circulação das pessoas e do vírus é o que pode ser feito hoje para evitar que mais gente fique doente.

Quanto a economia, é a vida quem a movimenta. Portanto, priorizar a vida nos próximos dias deve ser a prioridade para que a roda continue a girar. Se fechar para evitar aglomeração é se abrir para que muitas vidas possam continuar.

Congestionamento de carros funerários na UPA de Rondonópolis nesta semana – Foto: Reprodução

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