Operação do Gaeco e do Garras movimenta MS e prende até conselheiro do Tribunal de Contas do Estado

O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) deflagrou mais uma grande operação policial no Mato Grosso do Sul. Em mais uma fase da Operação Ormetá, a operação mira ramificações de suposto grupo de extermínio comandado por Jamil Name, conhecido empresário do jogo do bicho no MS e dono da loteria Pantanal Cap. Ao todo são 16 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos na manhã desta quinta-feira (18) em Campo Grande, Rio Negro e em Ponta Porã.

Em Ponta Porã, a operação usou até helicóptero e grande aparato policial para buscas em residências de Fadh Jamil Georges, o “Fuad”. Ele não encontrado e está sendo procurado, mas seu filho, Flávio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, foi preso junto com outros acusados de formação de quadrilha e milícia armada.

Em Campo Grande, uma prisão que se destaca é do delegado Fábio Obara, que teria recebido dinheiro para acobertar execuções de “inimigos” do grupo quando era titular da Delegacia de Homicídios. Em Rio Negro, foi detido Jerson Domingos, cunhado de Jamil Name, ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A prisão de Gerson foi em uma de suas fazendas, já que ele não foi encontrado em se apartamento de luxo em área nobre da capital.

MAIS PRISÕES

Também estão na lista novos mandados contra Jamil Name, de 80 anos, e o filho, Jamilzinho, de 42 anos, os principais alvos da Omertà desde que a força-tarefa foi deflagrada, em setembro do ano passado. Eles já estão reclusos, no Presídio Federal de Mossoró (RN).
A sobrinha dos Name, Cinthya Name Belli, foi levada para a sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) nesta manhã. Estão presos ainda um investigador da Polícia Civil, Célio Rodrigues Monteiro(Manga Rosa), lotado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).

Rogério Luiz Phelippe, sargento da PM (Polícia Militar) que trabalha como motorista do deputado estadual Jamilson Name (sem partido) é outro preso. Apresentados como funcionários da Pantanal Cap, Benevides Cândido Pereira(Benê) e Lucimar Calixto Ribeiro, conhecido como Mazinho, também estão no Garras.

Ainda estão na lista: Everaldo Monteiro de Assis, o Jabá, (policial federal que já está preso); Frederico Maldonado de Arruda; Lucas Silva Costa(Lukinha); Marco Monteoliva; e Melaciades Aldana (Mariscal).

ORMETÀ

A força-tarefa coordenada pelo Garras e Gaeco  investiga organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva. o nome da operação (Ormetà) é um código de honra da máfia italiana, que exige voto de silêncio.

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