Prefeito de Manaus diz que saúde do estado entrou em colapso e faz apelo

Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto

Uma das situações mais preocupantes em relação à pandemia do novo coronavírus é a de Manaus, que tem poucos respiradores disponíveis para novos pacientes.Um sistema de saúde que está à beira do colapso.

“O nosso sistema de saúde ele é limitado, não temos leitos de UTI suficiente para enfrentar uma pandemia. O colapso pode acontecer dependendo do aumento do número de casos”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias.

Dos 69 respiradores disponíveis, 45 são usados por pacientes infectados e com suspeita. O estoque restante pode acabar em menos de 15 dias. A Secretaria da Saúde recebeu mais 15 aparelhos do governo federal e firmou parcerias com a iniciativa privada para produzir o equipamento.

Na noite de sexta-feira (3), o hospital referência no tratamento do novo coronavírus recebeu um contêiner frigorífico, onde os corpos de pacientes mortos pela doença serão acondicionados.

Para o matemático Alexander Steinmetz, os números vão crescer rapidamente se nenhuma medida mais drástica for tomada em relação ao isolamento social.

“A gente vê que os casos confirmados no estado do Amazonas dobraram mais ou menos a cada cinco dias. A gente pode chegar a dois mil casos daqui a 15 dias e, daqui a 30 dias, podemos ter mais ou menos 16 mil casos”, disse.

Apesar de o governo do estado ter proibido a abertura do comércio, com exceção dos serviços essenciais, a medida não é cumprida. Imagens da Zona Leste de Manaus mostram as ruas com bastante movimento de carros e de pessoas. Nas agências bancárias as filas se acumulam nas calçadas. Uma agência foi interditada por causa de um caso suspeito de Covid-19. Mesmo assim, havia muita gente fora e dentro da agência para usar o caixa eletrônico.

O governo do Amazonas anunciou que vai priorizar o isolamento social. Desde segunda-feira (6) estará proibido o transporte intermunicipal e interestadual, com exceção de cargas. O empresário que for flagrado com o comércio aberto pode ser preso. Os serviços essenciais vão continuar funcionando.

“Não há outro caminho para a gente interromper a cadeia de transmissão a não ser Isolamento social, a não ser ficando em casa”, disse o governador Wilson Lima, do PSC.

(Fonte: G1)

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