Preta Gil: Médico fala sobre câncer colorretal e a importância da prevenção e diagnóstico precoce
No último domingo (20), a cantora Preta Gil faleceu, aos 50 anos, após uma longa batalha contra o câncer colorretal. Desde janeiro de 2023, ela lutava contra a doença, com quimioterapia e radioterapia. Em agosto de 2024, passou por uma cirurgia para remoção de tumores. Contudo, a doença retornou em outras regiões do corpo.
A sua história de superação, e a luta contínua contra o câncer, trouxe à tona a importância de estar atento aos sinais da doença e da necessidade de diagnóstico precoce, algo que pode ser crucial para salvar vidas.
O câncer colorretal é um tipo de tumor que afeta o cólon e o reto, partes essenciais do intestino grosso. Ele geralmente começa com lesões benignas, como pólipos, que, se detectados a tempo, podem ser removidos antes que se tornem cancerígenos.
Este tipo de câncer é uma das principais causas de morte no Brasil, mas também é uma das formas de câncer mais preveníveis. Quando diagnosticado precocemente, pode ser tratado com sucesso, resultando em boas chances de cura.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca), alerta que o câncer colorretal pode se desenvolver sem apresentar sintomas nas fases iniciais. À medida que a doença avança, alguns sinais começam a aparecer, como: Mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação); desconforto abdominal frequente; sangramentos nas fezes ou no ânus; e perda de peso inexplicada e cansaço excessivo.
É fundamental que, ao perceber qualquer um desses sintomas, um profissional de saúde seja consultado para o diagnóstico correto. A detecção precoce pode fazer toda a diferença. Além de fatores hereditários, como histórico familiar de câncer colorretal, o envelhecimento e a obesidade também são fatores de risco importantes. Pessoas com doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn, também têm maior predisposição.
“O diagnóstico precoce do câncer colorretal é fundamental para um tratamento eficaz. Exames como a colonoscopia, a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a biópsia desempenham um papel essencial nesse processo. A colonoscopia permite visualizar o cólon e o reto, além de remover pólipos precoces, enquanto a pesquisa de sangue oculto pode identificar sinais de sangramento, e a biópsia confirma a presença de células cancerígenas. Esses exames, aliados a exames de imagem, são cruciais não apenas para o diagnóstico, mas também para o planejamento adequado do tratamento, aumentando as chances de sucesso e cura”, explica o médico patologista, responsável pelo Artemis Laboratório, Dr Fábio Rocha Lima (foto).
O tratamento do câncer colorretal varia de acordo com o estágio da doença. Em muitos casos, a cirurgia é a opção mais eficaz, removendo o tumor e as áreas afetadas. A quimioterapia e radioterapia também são utilizadas, dependendo do caso.
Prevenção – Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, e praticar atividades físicas regulares são medidas preventivas que ajudam a reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal. Além disso, evitar o consumo excessivo de carnes vermelhas e alimentos ultraprocessados também é fundamental.
A morte de Preta Gil traz um alerta para a população sobre a importância da detecção precoce e da prevenção do câncer colorretal. Com um diagnóstico precoce, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores, e a qualidade de vida do paciente pode ser significativamente melhorada.
(Por Mayara Salgueiro, da assessoria)