Professor mobiliza associações e entidades para debater direito animal no MT

O Instituto Professora Coraci, Nuepe/Unemat Rondonópolis e Nupedif/ Unemat Diamantino iniciams debate com a sociedade civil organizada, associações, coletivos e ongs que tratam da causa animal, tendo como objetivo criar um espaço para propor políticas públicas de Direito Animal no Estado de Mato Grosso e nas cidades envolvidas no projeto, articulando ações educativas, formativas e informativas.

O fundador do Instituto Professora Coraci, professor doutor Éverton Neves (foto), explica que o trabalho da instituição prevê ações em prol da Educação de Qualidade pelos eixos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, sendo que o Direito Animal tem relação direta: “sabemos este debate promove uma cultura de responsabilidade nas comunidades para proteção da vida na sua inteireza, não apenas ao meio ambiente, mas garantindo a conservação da vida, da natureza e dos recursos naturais do planeta”.

O Direito dos Animais desponta como um novo ramo do direito, “protegendo os fundamentos naturais à vida, animais têm valores intrínsecos e dignidade própria, são seres dotados de percepções e sensações, com direito a vida digna, respeito e políticas públicas que possam avançar além do que já está posto, declara o prof. Éverton Neves.

O tema é atual, tanto é que o posicionamento recente do Supremo deu ainda mais força para a legislação protetiva aos animais. Infelizmente ainda existem locais ou pessoas, Brasil afora, que cometem esse tipo de crime. É proibido abate de animais sadios (silvestres, domésticos nativos e exóticos).

Esses animais devem ser encaminhados para um local apropriado, recuperação plena e depois soltura no seu habitat. No caso de animais domésticos, o procedimento é a adoção, geralmente feita em parceria com ONGs. O poder público deve fomentar esse protocolo. Isso é política pública. É papel do executivo cumprir a lei e do legislativo fiscalizar e cobrar o cumprimento de tal legislação ”, explica.

Everton também pontua sobre o abate de animais para consumo humano. “Neste caso existe a previsão legal para abate. Desde que em local apropriado e que seja procedido de acordo com normas evitem o sofrimento do animal. O indivíduo que sair dessa prática, pode ser enquadrado na lei e ter uma séria de complicações judiciais”, alerta.

A Lei 1.095/2019 aumentou a punição para maus-tratos em animais. O texto prevê prisão de até dois a cinco anos para criminosos, além de multa. A legislação abrange animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo, aí, cães e gatos, que acabam sendo os animais domésticos mais comuns e as principais vítimas desse tipo de crime. Segundo o IBGE, existem, no Brasil, 29 milhões de domicílios com cães e 11 milhões, com gatos.

Neste cenário o Instituto Prof Coraci e a Unemat iniciaram as discussões do PROED ANIMAL- PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM DIREITO ANIMAL- que conta com 3 eixos:

a) Curso de Formação Ético-Juridica-  para o aperfeiçoamento dos profissionais da área jurídica, bem como profissionais/voluntários atuantes em organizações de proteção e defesa da causa animal.

b) Palestras Educativas nas Escolas- palestra educativa e formulação de material didático para democratizar os saberes sobre o Direito Animal nas escolas;

c) Laboratório de Ideias Legislativas em Direito Animal- estudo dos principais temas na defesa jurídica dos seres não-humanos, estudos de caso e propositura de projetos de lei e pareceres e publicações no âmbito municipal e estadual.

 No dia 23 de novembro, às 19 horas, de modo virtual, ocorrerá o Painel Direito Animal na II Jornada Internacional de Direitos Fundamentais e Interdisciplinaridade, V Jornada de Estudos de Direito (JEDUD/UNEMAT-Diamantino)24ª Semana Jurídica de Cáceres-MT (SEMAJUR/UNEMAT-Cáceres) e V Ciclo de Debates – GMF e UNEMAT, sendo que aos interessados a participar de reunião que será agendada previamente devem realizar o cadastro no link  https://forms.gle/584DCPG2AbySUMZ98. 

Mais informações @grupogedifi ou redjusmt@unemat.br (Da assessoria)

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