Vendedor de frutas há 15 anos, “Tio Luiz” é uma referência em Rondonópolis

O vendedor de frutas Luiz Clemente ao lado de sua C 10 verde: Vida de trabalho e de lutas

A cidade de Rondonópolis tem um personagem que é sinônimo de trabalho e dedicação. Seu nome é Luiz Clemente, ou simplesmente o “Tio Luiz” para os cliente s e amigos mais próximos. Com 69 anos de vida, ele ganha o sustento vendendo frutas numa das esquinas do centro da cidade, onde sua presença já se tornou uma referência.

Há cerca de 15 anos, todos os dias as seis horas da manhã, faça chuva ou sol, lá está ele estacionando sua C 10 verde carregada de melancias, abacaxis e outras frutas, na esquina da avenida Marechal Dutra com a rua D. Pedro II. Ele tem uma legião de clientes cativos e entrou pra o ramo depois de encerradas as perspectivas na roça, de onde saiu para tentar a vida na cidade.

Antes de ter seu próprio ponto, ele trabalho como “Silvano do Pequi, que deixou o lugar para fazer transporte de mercadorias. Luiz então herdou seu local de trabalho como forma de pagamento pelo tempo em que auxiliou o antigo patrão”. Além do ponto, Silvano também repassou o veículo que até hoje serve de banca para a venda dos produtos de Luiz.

Sempre que tem oportunidade, Luiz conta sua história para as pessoas mais próximas. Ele informou que é filho do casal Alberto Clemente e Ylma Siquéri, que chegou na localidade do Marajá, em 24 de junho de 1959, trazendo sua mudança e os seis filhos, entre eles o tio Luiz, sendo que já em terras mato-grossenses nasceu mais um, totalizando sete.

Luiz Clemente, pai do senhor Alberto adquiriu uma área de 135 alqueires de terras de Júlio Goulart, que estava colonizando aquela região entre Rondonópolis e Pedra Preta, denominada Marajá.

Luiz Clemente casou se com Neuza de Fátima Silva Clemente, com quem teve um casal de filhos. Mudou se para a cidade em  1989, para  que os filhos continuassem os estudos, mas continuou a trabalhar na roça onde cultivava melancias. Ele ia na segunda e voltava para casa na sexta-feira, isto até meados de 2002, quando resolveu abandonar a agricultura. As pragas invadiram os melanciais, o preço caiu, trabalhava-se muito e não ganhava nem para o sustento da família. Isso o desanimou completamente e então foi trabalhar na construção civil, primeiro como ajudante de pedreiro e  depois como construtor.

Como o trabalho era muito pesado, ele resolveu dedicar ao comércio de frutas, onde começou a trabalhar com o Silvano do Pequi.  Quando o Silvano resolveu mudar de ramo, e entrar para o transporte de mercadorias, deu a ele como acerto trabalhista a velha e surrada C 10, o ponto e toda mercadoria que estava no veículo. Assim ele começou o próprio negócio, continuando a vender melancias e abacaxis no mesmo ponto que trabalhava e lá continua até hoje, atendendo seus inúmeros clientes. (Redação com José Carlo Garcia)

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