Campanha do MEC em que aluna negra é substituída por branca ao receber diploma é acusada de racismo nas redes

Campanha do MEC em que estudante negra é sobreposta por imagens de mulher branca ao ser diplomada na universidade Foto: Reprodução

 Uma campanha publicitária do Ministério da Educação sobre o prazo de inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) está sendo acusada de racismo nas redes sociais. O anúncio do último dia de inscrições para bolsas de 50% ou 100% para cursos de graduação em universidades privadas mostra uma mulher negra ao entrar na faculdade que, ao terminar o curso, é sobreposta por imagens de outra branca com o diploma na mão.

A propaganda foi compartilhada na quinta-feira nas redes sociais do MEC e, desde então, é alvo de críticas nas redes.

Os anúncios foram publicadas nas páginas da pasta no Twitter, Facebook e Instagram. Nas peças compartilhadas nos stories do Instagram, a mão e o rosto da aluna negra são subtituídos pelos da estudante branca. Nas outras duas redes, apenas a mão branca segurando o diploma aparece. Parte dos comentários são críticos ao “branqueamento” da estudante negra ao ser diplomada. Um internauta escreveu que vai avisar os pais que quando se me formar, no fim do ano, ele irá “virar branco”: “Não quero assustá-los”.

Inúmeras mensagens questionam a campanha e acusam as peças de racismo.

Anúncio do MEC gera críticas nas redes sociais Foto: Reprodução

Em nota, o MEC afirmou que “a intenção (da campanha) é enfatizar que as oportunidades são iguais para todos os candidatos, e a linguagem escolhida foi a sobreposição de imagens que demonstram a variedade de cor, raça e gênero”.

E que as peças publicitárias “tem por finalidade informar aos estudantes, que realizaram a prova do Enem, que eles terão oportunidade de utilizar a nota do exame para ingressar em universidades públicas e particulares por meio do Sisu, ProUni e Fies”.

Ainda segundo a pasta, no Facebook o post alcançou “mais de 4,5 milhões de pessoas, 48% manifestaram reações positivas, 40% neutras, enquanto as negativas representaram apenas 8%”.

(O Globo)

 

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