Desmatamento ilegal da Amazônia pode fazer MT perder recursos internacionais

Estado pode perder € 44 milhões, equivalente a R$ 194,5 milhões, por descumprir acordo de Paris

A edição da Folha de S. Paulo de quarta-feira (12.12) mostra um levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV), com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que o desmatamento ilegal na Amazônia Mato-grossense chega aos alarmantes 85%. Foram desmatados 12% a mais que no ano de 2017.

Com isso, Mato Grosso corre um grande risco de perder recursos internacionais para o setor e fica longe de cumprir a meta assinada pelo governo no acordo de Paris de zerar o desmatamento ilegal na amazônia até o ano de 2020, 10 anos antes do compromisso assumido pela União.

Segundo o ICV, a área desmatada na Amazônia em Mato Grosso é correspondente ao tamanho da cidade de São Paulo. Foram 1.749 km² só em 2018. Segundo a reportagem, o principais “inimigos” são as grandes propriedades. Esse monitoramento tão preciso se dá graças aos dados do Prodes, programa do INPE, que mostra os desmatamentos maiores que  6,25 hectares.

O levantamento mostra ainda que Mato Grosso é o segundo estado que mais desmata ilegalmente a Amazônia, sendo responsável por 22,1%, atrás apenas do Pará que registrou 35,9%.

Na matéria, o ICV destaca que uma das medidas para reduzir o desmatamento na Amazônia seria o de lançar dados sobre o desmatamento publicamente, com o nome dos donos que desmatam as terras ilegalmente e aprimorar a questão da fiscalização remota e presencial nas propriedades.

A reportagem alerta sobre o risco do estado perder R$ 194,5 milhões de recursos internacionais vindos de países europeus. Procurada pela reportagem da Folha, a Sema disse que a taxa está controlada e dentro do limite institucional, em 2015 o Estado lançou a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) com vistas a conter o desmatamento.

(Reporte MT com Folha de São Paulo)

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