No MT, Saúde cita explosão de casos e pede que prefeitos analisem ‘lockdown’

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, defendeu que os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, Emanuel Pinheiro e Lucimar Campos, respectivamente, analisem o pedido de lockdown feito pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen).

A mesma recomendação também é sugerida pelo Conselho Regional de Medicina, depois de reunião com demais setores envolvidos com enfrentamento da pandemia.

O Sindicato encaminhou um ofício ao Ministério Público Estadual com o pedido, alegando que a situação enfrentada pelo Estado na pandemia da Covid-19 é “dramática” e que temem um colapso na saúde por causa da flexibilização das medidas de restrição das atividades comerciais.

Para Gilberto, não há lógica na decisão de Cuiabá em reabrir shoppings, bares e restaurantes. Ele defendeu que os gestores decidam o quanto antes sobre a possibilidade.

“Agora que o número de casos explode, como abre tudo? Qual a lógica? Eles devem pensar nisso o mais rápido possível”, disse em uma live.

UM FECHA E OUTRO ABRE

A prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, decretou feriado no dia 11 por conta do Dia de Corpus Christi e ponto facultativo no dia 12. Caso o feriado prolongado não surta seu efeito para fins de isolamento,  a gestora estuda a decretação do bloqueio total para enfrentar a explosão de casos de Covid 19 no município.

Em Rondonópolis, o comércio pressiona para ficar aberto e o prefeito José Carlos Junqueira cedeu seu funcionamento total neste dia dos namorados (12). O município não tem mais vagas públicas de UTI para atendimento da Covid e o município está mergulhado numa crise no setor, com a secretária de Saúde local em isolamento com suspeita de contágio. Em Rondonópolis, falta leitos e sobra brigas e o que se avizinha, infelizmente, é o caos na saúde pública por conta da explosão de casos da Covid 19, ignorada e negada por muitos setores em seu começo.

CENÁRIO ASSUSTADOR

Conforme Figueiredo, o número de casos ainda deve crescer “assustadoramente” nos próximos dias. Ele defendeu um isolamento social rigoroso para controlar o vírus. No entanto, o secretário disse que o Estado não tem poder para impor o lockdown, pois o Supremo Tribunal Federal determinou que os municípios têm autonomia nessas decisões.

“Existe uma preocupação muito grande. Os enfermeiros nunca vivenciaram algo parecido com isso. Mesmo sem estar contaminados, já estão colapsando emocionalmente”, afirmou. “Vejo isso no sentido de proteção dos profissionais. Os profissionais de Saúde são o nosso exército. Portanto, vejo com bons olhos a solicitação dos enfermeiros”, completou.

Até o dia 11 de junho, Mato Grosso computava 5.086 confirmados da doença com 163 vidas perdidas. O número, porém, pode destoar da realidade, já que poucos municípios estão fazendo testes em massa da população, o que pode maquiar, para baixo, o número de pessoas infectadas. Elas estão circulando e disseminando o vírus, uma vez que o vírus é assintomático em muitos casos.

BLOQUEIO TOTAL

Um lockdown, ou em português bloqueio total ou confinamento, é um protocolo de isolamento que geralmente impede que pessoas, informações ou carga deixem uma área. O protocolo geralmente só pode ser iniciado por alguém em uma posição de autoridade.

No caso do confinamento por conta do coronavírus, o bloqueio é para evitar que as pessoas circulem e espalhem o vírus no ambiente de contato externo, seja com outras pessoas ou em objetos já infectados. Como é invisível e até assintomático em muitos caos, sua propagação é de fácil contágio.

(Redação com midianews)

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